Rio Grande do Sul e de Santa Catarina serão reconhecidos, quinta-feira (28) como zonas livres da peste suína clássica. A informação é do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
O reconhecimento ocorrerá durante a 83ª Sessão Geral da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), que começou domingo (24) em Paris (França), sede da instituição. A OIE considera relatório apresentado em fevereiro pelo Brasil.
A ministra brasileira da Agricultura, Kátia Abreu, que faz viagem por França, Bélgica, Suíça e Inglaterra, deve acompanhar o anúncio oficial. A decisão já teria sido oficializada segunda-feira pelo diretor-geral da OIE, Bernard Vallat, diante de uma comitiva Brasileira.
Rio Grande do Sul e Santa Catarina esperam alavancar as exportações de carne suína. Os dois estados já respondem por 68% das vendas externas do produto, conforme o Mapa.
Paraná
O Paraná não entrou no relatório enviado à OIE e terá que seguir novo trâmite. Se for reconhecido como área livre de peste suína em 2016, poderá ampliar as exportações do alimento em 2017.
O governo estadual argumenta que o Paraná é livre da doença sem necessidade de vacinação desde 1994. Além disso, promete reforçar vigilância nas divisas com São Paulo e Mato Grosso do Sul com uso de R$ 5 milhões.
O estado tem até setembro para apresentar documentação exigida pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), que deve dar seu parecer em maio de 2016.
Outras doenças
A ministra apresenta Plano de Defesa Agropecuária à OIE, uma série de medidas orquestradas que foi anunciada dia 6 deste mês. Uma das metas é erradicar a febre aftosa no rebanho bovino ainda em 2015, tornando mais três estados (Roraima, Amapá e Amazonas) na zona livre da doença com vacinação aferida pelo Mapa.
A ministra brasileira defende que o controle da aftosa deve ser continental para que o Brasil amplie sua área livre da doença sem vacinação. Atualmente, só o estado de Santa Catarina tem essa condição, que passa a ser buscada pelo Paraná e estados vizinhos. Na América do Sul, a Venezuela não é livre da doença com vacinação diante da OIE.
Durante a reunião da OIE, o Brasil deve ser reconhecido como área de risco insignificante para a doença da vaca louca, ou Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB). Depois do caso atípico da doença registrado no Paraná, em 2012, o país passou entrou na zona de risco controlado.
O parecer é da Comissão Científica para Enfermidades dos Animais e de grupo ad hoc EEB da OIE e recebe endosso após consulta aos 178 países membros da organização. Entre esses países, 15 estão na zona de risco insignificante.
Fonte: Gazeta do Povo