As intempéries que prejudicaram a produção de grãos do país nesta safra 2015/16 levaram a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) a novamente revisar para baixo sua estimativa para a colheita na temporada.
Com a nova redução, a quinta seguida, a autarquia passou a estimar o volume total em 188,1 milhões de toneladas, 9,5% menor que o do ciclo 2014/15. Em levantamento divulgado também ontem, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) cortou sua projeção para a colheita deste ano no país para 189 milhões de toneladas, 9,8% abaixo do volume do ano passado.
Dos principais grãos cultivados no país, o que mais sofreu com o clima foi o milho. Graças sobretudo à seca que castigou a safrinha de Mato Grosso, que puxa a produção total, a Conab agora estima a colheita total (primeira e segunda safras) em 68,5 milhões de toneladas, 19,1% menos que em 2014/15. Em novembro do ano passado, a Conab apontava 81,9 milhões de toneladas.
A soja, carro-chefe do agronegócio brasileiro, também não cumpriu as expectativas iniciais, mas teve bem menos problemas que o milho. No levantamento de contem, a Conab ajustou seu cálculo para a produção para 95,4 milhões de toneladas, 0,8% abaixo do volume de 2014/15. Em novembro do ano passado, entretanto, a autarquia projetou a colheita em quase 102 milhões de toneladas, o que representaria um novo recorde histórico.
No caso do trigo – cujas lavouras, diferentemente de soja e milho, estão no momento em desenvolvimento -, a Conab fez apenas um leve ajuste em sua previsão de colheita: passou a projetar 6,2 milhões de toneladas, 12,1% a mais que na temporada passada. (Colaborou Cristiano Zaia, de Brasília)
Fonte: Valor Econômico
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