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LUCRO LÍQUIDO DE R$ 89 MILHÕES

A Minerva Foods reportou lucro líquido de R$ 89 milhões no segundo trimestre de 2016, uma queda de 46,67% ante o lucro de R$ 166,9 milhões registrado no mesmo período de 2015. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) somou R$ 238,50 milhões entre maio e julho de 2016, um aumento de 10,2% ante igual trimestre do ano anterior.

A margem Ebitda passou de 9,7% para 10,7%, na mesma base de comparação.A receita líquida, por sua vez, ficou em R$ 2,221 bilhões no segundo trimestre deste ano, com leve queda de 0,3% em relação a igual período do ano anterior, quando a receita líquida totalizou R$ 2,226 bilhões. Ante o primeiro trimestre de 2015, quando a receita líquida foi de R$ 2,337 bilhões, houve queda de 5%. Já a receita bruta de abril a junho foi de R$ 2,363 bilhões, 0,5% acima do apurado no segundo trimestre de 2015.

- O lucro líquido antes do Imposto de Renda foi de R$ 143 milhões, depois do IR foi de R$ 89 milhões. Provavelmente até o fim do ano devemos rever a alíquota do IR e as métricas de lucro líquido devem melhorar ainda mais – afirmou Edison Ticle, diretor de Operações Financeiras.

O executivo disse ainda acreditar que o câmbio será menos volátil até o fim do ano, o que contribuirá para um melhor desempenho da companhia.

- O cenário é muito bom para a carne brasileira, o que se refletirá em imagem, caixa livre e lucro líquido positivo – declarou Ticle.

Abate

O Minerva abateu 6,2 milhões de cabeças de gado bovino no Brasil no segundo trimestre de 2016, em linha com igual período de 2015.

- Entretanto, esse ainda foi um trimestre em que o desempenho da indústria local continuou sendo impactado pela adversidade do cenário econômico – disse o diretor presidente da Minerva, Fernando Galletti de Queiroz, em teleconferência com a analistas, nesta manhã, sobre os resultados da empresa.

O peso médio dos animais também continuou em níveis elevados, o que tem beneficiado a produtividade da indústria. O resultado do acumulado do semestre, no entanto, foi menor, com uma queda de 2,6% em relação ao primeiro semestre de 2015 (12,2 milhões de cabeças). Segundo ele, este recuo foi reflexo de um ajuste da capacidade produtiva da companhia, em virtude da queda do consumo doméstico.

O preço médio da arroba de boi gordo registrou alta de 6% sobre o preço no trimestre e ficou em R$ 156,80.

- Vale destacar que, se for considerada a inflação medida pelo IPCA de 7,34%, o preço médio real da arroba seria de cerca de R$ 145,30, ou seja, uma queda de 1,7% em relação ao mesmo período de 2015 – disse Queiroz.

Ele ressaltou que, apesar do período de safra, tradicional época de preços mais baixos, a alta dos preços grãos reduziu o número de animais confinados, o que manteve a cotação do animal terminado firme no segundo trimestre. O executivo afirmou, ainda, que há uma expectativa de que as próximas pesquisas de confinamento comecem a apresentar revisões mais favoráveis para a disponibilidade de animais.

Outro fator positivo na disponibilidade de bovinos para o segundo semestre está baseado no maior investimento observado em suplementação alimentar do gado a pasto.

Estados Unidos

Após o acordo firmado na semana passada entre os governos do Brasil e dos Estados Unidos, que abriu o mercado norte-americano para a carne bovina in natura nacional, a Minerva Foods já trabalha para habilitar todas as suas plantas a exportar ao país, disse nesta terça-feira (2/8) o presidente da Minerva Foods, Fernando Galletti de Queiroz.

- Estamos tentando habilitar todas as plantas da empresa, que já tem três plantas no Brasil habilitadas para vender para os EUA. As expectativas de vendas para o país são muito boas; o Brasil já é hoje o maior exportador do mundo com acesso a menos de 50% dos mercados – declarou Queiroz.

No Brasil, a Minerva Foods tem 11 plantas. Além destas, a empresa conta com outras seis distribuídas por Paraguai, Uruguai e Colômbia. O processo burocrático de certificação das fábricas, segundo o executivo, está caminhando e deve ser concluído em prazo não superior a 60 dias.Já a competitividade do Brasil para exportar fora da cota para os Estados Unidos dependerá do câmbio, explicou Queiroz.

- Estamos avaliando agora se é viável ou não – acrescentou o presidente da Minerva Foods.

Pelo acordo, o Brasil poderá exportar carne bovina in natura para os EUA dentro de uma cota de 64,8 mil toneladas por ano, que será disputada com outros países. Vendas acima dessa cota pagarão taxa de 26%. Até então, os EUA só importavam carne industrializada e a produzida em Santa Catarina, Estado que detém o status de livre de febre aftosa sem vacinação.

Além do acesso ao mercado norte-americano, o acordo deve abrir portas a outros mercados consumidores relevantes para o setor. Os considerados mais importantes, neste momento, são México, Canadá, Japão e Coreia, que seguem os padrões norte-americanos.

- A abertura dos EUA à carne in natura brasileira é o reconhecimento ao sistema sanitário brasileiro e ao trabalho do Ministério da Agricultura e dará às empresas do setor condições de pleitear acesso aos 50% (do mercado) que ainda não temos – disse Queiroz.

Fonte: Globo Rural

 



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