Uma das frutas tropicais mais consumidas no mundo, o abacaxi foi tema de um encontro realizado no dia 1º de julho em Santa Isabel do Ivaí, cidade que concentra 37% da produção estadual da fruta. O 6º Encontro de Produtores de Abacaxi do Paraná marcou também a largada de um projeto desenvolvido por um grupo de trabalho coordenado pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento (Seab) formado pela Emater, Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), Agência de Defesa Sanitária do Paraná (Adapar), Ceasa e pelo Sistema FAEP/SENAR-PR, que tem entre seus objetivos alavancar a produção da fruta no Estado.
Segundo o pesquisador do Iapar, Pedro Antônio Auler, gerente do Projeto de Apoio aos Polos de Citrus, Abacaxi e Maracujá do Noroeste do Paraná, a ideia foi utilizar um evento que já tem certa tradição na região para apresentar a iniciativa aos produtores e discutir os principais gargalos de cada cultura. No caso dos citros e do maracujá, os problemas são fitossanitários e contarão com ações que estão sendo desenvolvidas pelo grupo.
Já o abacaxi encontra os seus principais entraves na organização dos produtores e na comercialização da produção. “Na questão da organização, você não tem uma associação de produtores ou uma cooperativa que organize e direcione a produção, é cada um por si”, explica Auler. Com isso, segundo ele, os produtores acabam concorrendo entre si e não conseguem atender de forma eficaz o mercado consumidor.
No Paraná, o abacaxi concentra-se no Norte e Noroeste do Estado. Na região de Paranavaí, que responde por 60% da produção, estão os principais municípios produtores: Santa Isabel do Ivaí e Santa Mônica, que juntos produzem quase metade do abacaxi paranaense.
Em 2015 a fruta ocupou 428 hectares no Estado. Segundo o engenheiro-agrônomo Paulo Andrade, do Departamento de Economia Rural (Deral) da Seab, naquele ano o Valor Bruto de Produção (VBP) da fruta foi de R$ 13,6 milhões. Dos 399 municípios do Estado, 201 possuem produção da fruta.
Com os produtores trabalhando de forma organizada seria possível escalonar a produção e vender as frutas conjuntamente mantendo a regularidade da oferta. Outras vantagens seriam a possibilidade de compras de insumos em conjunto e a contratação de assistência técnica de forma coletiva, de modo a reduzir os custos e difundir o conhecimento. “A saída é a união”, avalia Auler.
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Fonte: Sistema FAEP