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RECORDE DOS USDA

Produtores dos EUA devem colher neste ano uma safra recorde de milho e a terceira maior de soja, de acordo com analistas consultados pelo The Wall Street Journal. O Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) publica na terça-feira (12/7) seu relatório mensal de oferta e demanda, num momento em que traders estão cada vez mais concentrados no clima e as lavouras entram em estágios cruciais de desenvolvimento.

Segundo os analistas, o USDA deve estimar a safra de milho em 14,532 bilhões de bushels (369,11 milhões de toneladas), acima da projeção de junho, de 14,43 bilhões de bushels (366,52 milhões de t). A estimativa de produtividade deve se manter inalterada, em 168 bushels por acre (10,5 toneladas por hectare).

Já a produção de soja deve ser estimada em 3,878 bilhões de bushels (105,55 milhões de t), com rendimento de 46,8 bushels por acre (3,147 toneladas por hectare). No mês passado, o USDA projetou a safra em 3,8 bilhões de bushels (103,43 milhões de t), com produtividade de 46,7 bushels por acre (3,14 toneladas por hectare).

Em 30 de junho, o USDA disse que produtores de soja semearam uma área recorde de 83,7 milhões de acres (33,87 milhões de hectares). O número ficou acima dos 82,236 milhões de acres (33,28 milhões de hectares) previstos em 31 de março. Já a área semeada com milho foi estimada em 94,1 milhões de acres (38,08 milhões de hectares). O número ficou acima dos 87,999 milhões de acres (35,6 milhões de hectares) do ano passado e dos 92,759 milhões de acres (37,54 milhões de hectares) projetados por analistas.

O clima favorável durante a primavera do hemisfério norte e a alta dos preços de commodities agrícolas levaram produtores a semear uma área maior este ano. As condições foram amplamente favoráveis durante os estágios iniciais de desenvolvimento e, caso persistam, podem resultar em alta produtividade. No entanto, se o clima ficar mais quente e seco no fim de julho, o rendimento pode ser afetado. “Parece que teremos uma grande safra de milho”, disse Don Roose, presidente da corretora U.S. Commodities. Ele observou, porém, que o clima parece mais ameaçador à medida que julho avança.

Os estoques de milho nos EUA ao fim da atual temporada, em 31 de agosto, devem somar 1,784 bilhão de bushels (45,3 milhões de t), ante projeção de 1,708 bilhão de bushels (43,4 milhões de t) em junho, segundo os analistas. Para o ciclo 2016/2017, o USDA deve estimar os estoques em 2,189 bilhões de bushels (55,6 milhões de t).

O USDA deve reduzir sua estimativa para as reservas domésticas de soja em 2015/2016, de 370 milhões de bushels (10,07 milhões de t), em junho, para 354 milhões de bushels (9,64 milhões de t). Para 2016/2017, os estoques finais devem cair ainda mais, para 290 milhões de bushels (7,89 milhões de t), disseram os analistas. Os estoques globais de milho em 2016/2017 devem somar 206 milhões de toneladas, uma leve redução ante a estimativa para a temporada atual. Já as reservas mundiais de soja devem cair para 67,5 milhões de toneladas no próximo ciclo, de 71,7 milhões de toneladas projetadas para este ano.

Os analistas também acreditam que o USDA vai estimar a produção total de trigo nos EUA em 2,155 bilhões de bushels (58,66 milhões de t) em 2016/2017. Na temporada anterior, foram colhidos 2,052 bilhões de bushels (55,85 milhões de t). Os estoques domésticos em 2015/2016 devem ser estimados em 982 milhões de bushels (26,73 milhões de t). Para 2016/2017, o USDA deve projetar essas reservas em 1,1 bilhão de bushels (29,94 milhões de t).

Os estoques mundiais em 2016/2017 devem ser projetados em 259,2 milhões de toneladas, de 243,2 milhões de toneladas estimadas para 2015/2016. Fonte: Dow Jones Newswires.

Fonte: Globo Rural

 



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