Para dar mais agilidade na análise da classe do trigo, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) autoriza que laboratórios oficiais ou privados, além de laboratórios credenciados e reconhecidos pelo Mapa, façam esse trabalho. A medida atende a uma reivindicação do setor produtivo.
No caso dos laboratórios estrangeiros, as embaixadas devem solicitar ao Mapa o seu reconhecimento. Os primeiros países que deverão se habilitar à análise de classe são a Argentina, o Canadá e os Estados Unidos, tradicionais fornecedores de trigo ao Brasil.
A lista dos novos laboratórios autorizados para fazer a análise da classe do produto será publicada no site do Mapa via Siscole. Com esse reconhecimento, as análises para determinação da classe serão agilizadas. De posse dos laudos, os fiscais agropecuários poderão, de imediato, determinar a classe do trigo.
Antes da publicação da instrução normativa, apenas o laboratório da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), no Rio Grande do Sul, fazia a análise da classe do trigo porque era a única que atendia as exigências previstas no Certificado ISO 17025 de Acreditação de Laboratórios.
- O laboratório da UFSM estava sobrecarregado, com amostras enviadas por vários pontos de ingresso no país, como Fortaleza, Recife e Bahia, e os resultados das análises demoravam, no mínimo, 30 dias. Isto representava um custo de US$ 10 mil/dia por navio carregado de trigo à espera do resultado da análise – diz o diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal (Dipov), do Mapa, Fabio Florêncio Fernandes.
Fonte: Gazeta do Povo