Com o solo e clima seco, o plantio do trigo não evoluiu muito no Rio Grande do Sul. As lavouras implantadas no mês de maio estão com bom desenvolvimento vegetativo, e as áreas semeadas em junho apresentam emergência parcial, em função da ausência de chuvas adequadas para repor a umidade do solo e permitir a emergência das sementes. De acordo com o Informativo Conjuntural, divulgado pela Emater/RS-Ascar nesta quinta-feira (07/07), os produtores esperam que as chuvas previstas para os próximos dias favoreçam o plantio, que nesta semana alcançou 75% da área prevista para esta safra. Se considerada a média dos últimos cinco anos, esse percentual deveria alcançar, neste momento, 84% da área.
Outra cultura de inverno, a canola, encontra-se em desenvolvimento vegetativo, recuperando-se do clima frio que enfrentou dias atrás, que retardou o seu desenvolvimento. Em algumas áreas da região Noroeste há lavouras em fase inicial de florescimento. O aspecto fitossanitário é bom, favorecido pelo clima seco e ensolarado do momento.
Em desenvolvimento vegetativo, a cultura da cevada apresenta boa densidade de plantas e padrão de lavoura, com bom padrão fitossanitário, sem a presença de pragas e doenças, mas necessitando de chuva para aplicação de nitrogênio em cobertura. Grande parte das lavouras foi instalada nas melhores áreas das propriedades (alta, boa fertilidade e livre de invasoras).
Pastagens e criações – Os campos nativos, de modo geral, estão crestados, devido à ação das geadas das últimas semanas, e o desenvolvimento vegetativo da maioria das espécies praticamente cessou, alterando a produção forrageira em quantidade e qualidade nutricional. A perspectiva é de melhoria dessas condições, em função das temperaturas mais altas ocorridas nos últimos dias. Para auxiliar na alimentação dos animais, em alguns locais os produtores estão fornecendo aos rebanhos feno de palha de arroz e sal proteinado. Também nesse período, os produtores estão manejando os rebanhos para adequar a carga animal às condições de disponibilidade forrageira dos campos nativos.
Apesar da ocorrência do frio e de geadas, que ocasionou a diminuição da oferta de forragem e, como consequência, da produção de leite, o estado corporal e sanitário do rebanho leiteiro é considerado satisfatório. Como a oferta de pasto ainda é pequena, alguns produtores estão utilizando o sistema de piqueteamento para conseguir um melhor aproveitamento das forrageiras. Além disso, para amenizar as perdas de produção de leite, é fornecido silagem e rações aos animais, como maneiras de suplementar o déficit alimentar. O uso de grande quantidade de alimentos conservados e concentrados na dieta vem onerando o custo de produção.
Piscicultura e Pesca Artesanal – Período de defeso na Lagoa dos Patos. Em Rio Grande, Pelotas, São Lourenço e São José do Norte, desde o dia 01 de junho os pescadores artesanais estão recebendo o seguro defeso, ficando proibida a pesca da Laguna dos Patos até o mês de setembro. Em Arroio Grande, a captura de peixes é farta, pelo alto nível da Lagoa Mirim, possibilitando uma pesca mais viável, ou seja, com menor custo. Em Jaguarão, a pesca também é boa e a indústria exige peixes acima de 500 gramas. Em Tavares, a pesca do camarão está encerrada.
Fonte: Emater- RS