Em junho, os preços mundiais se mantiveram firmes, mas tendem a se estabilizar depois das fortes altas observadas durante os três últimos meses. No final de junho, os preços asiáticos marcavam inclusive uma ligeira contração, devido à oferta de importantes quantidades de arroz tailandês destinadas ao mercado externo. Porém, os preços de exportação deveriam se manter firmes devido à provável reativação da demanda de importação do Sudeste asiático durante a segunda metade do ano.

Por outro lado, a oferta de exportação poderia declinar devido à contração da produção indiana e vietnamita. A produção do Mercosul também baixou em 2016 e se estima que os abastecimentos serão mais tensos até o final do ano. O incremento previsto da produção mundial não será suficiente para cobrir as necessidades totais, as quais serão superiores à produção pelo terceiro ano consecutivo. Portanto, se terá que recorrer novamente às estoques mundiais para cobrir o consumo global.

Em junho, o índice OSIRIZ/InfoArroz (IPO) subiu somente 1,9 pontos a 197,1 pontos (base 100 = janeiro 2000) contra 195,2 pontos em maio. No início de julho, o índice IPO se mantinha estável em 198 pontos.

Produção e Comercio Mundiais

De acordo com a FAO, a produção mundial em 2015 caiu apenas 0,5% para 740 milhões de toneladas de arroz em casca (490,1Mt base beneficiado) contra 744,4Mt anteriormente. Em 2016, a produção deve crescer, voltando à situação de 2014. O aumento será visto em todas as regiões do mundo, exceto na Austrália, e especialmente no Mercosul, onde as más condições climáticas atrasaram a colheita, afetando a produtividade

Fonte: Planeta Arroz