Os problemas climáticos que afetaram a safra de grãos no Estado do Paraná levaram a Cooperativa Agroindustrial de Maringá (Cocamar) a revisar suas expectativas de recebimento para este ano. Os volumes devem ser menores do que o previsto inicialmente, de acordo com o vice-presidente de negócios, José Cícero Aderaldo.
Na soja, a Cocamar esperava receber 1,050 milhão de toneladas, mas a expectativa passou a ser de 850 mil, uma frustração de quase 20%. A alta dos preços, diz Aderaldo, compensou em parte as perdas sofridas pelos produtores no campo.
- Compensa em parte porque a quebra de safra não foi uniforme. Além disso, nem toda a soja colhida está disponível para a venda – explica o executivo.
Segundo José Cícero Aderaldo, apenas 35% da colheita estão nas mãos dos agricultores da região onde a cooperativa atua.
No milho, a expectativa de receber 1,1 milhão de toneladas passou para 750 mil, redução de mais de 30%. O clima seco meses atrás e as geadas ocorridas em junho na região causaram perdas na produção.
- A colheita ainda está no início e o resultado ainda vai depender o andamento do trabalho – pondera o vice-presidente de negócios da cooperativa.
Já no trigo, a expectativa da Cocamar é de receber 130 mil toneladas do cereal, sendo 120 mil, do entorno de Londrina, no norte do Estado.
- O trigo não foi afetado pelas geadas e a colheita começa em setembro. Ainda há um longo caminho pela frente – diz Aderaldo.
Fonte: Revista Globo Rural