Tudo que se colhe se vende rapidamente, não restando sobras. Em algumas regiões as vendas acontecem antes mesmo de iniciar a colheita, tamanho é o déficit em relação “oferta x demanda”, ou seja, uma demanda sempre maior que a oferta. Principalmente agora, por ser início de mês, onde o volume de vendas junto ao consumidor final é maior.

Uma coisa é certa: a cada dia que se passa o cenário vai se desenhando e batendo com as informações que estão sendo repassadas por vários especialistas de mercado. Vamos ter um pico de safra em algum momento, sim, isso é um fato real, porém, já se sabe que não vai ser na proporção que todos esperavam, e sim, bem abaixo do que vêm se falando, tanto quando se fala em volume de mercadoria, quanto em quantos dias vai durar esse pico de ofertas.

Outro fator, esse bem relevante, para os próximos meses, e que o produtor já tem ciência, é que o feijão a ser colhido na terceira safra (pivô) não será suficiente para suprir o déficit e atender toda a demanda nacional por longos 05 (cinco) a 06 (seis) meses, que deve ser o período até a entrada da próxima safra. Desta maneira, o produtor tem ciência que as cotações em algum momento no pico da safra de pivô pode, sim, sofrer oscilações negativas, mas após atravessar esse pico de oferta, com o produtor voltando a fazer as vendas de maneira escalonada, as cotações voltam a oscilar positivamente, podendo voltar a operar nos patamares atuais de preços.

Fonte: Juliano Seabra