O governo federal estuda elevar o percentual de biodiesel no diesel dos atuais 7% para até 15%. O Ministério de Minas e Energia criou nesta segunda-feira (20) um grupo de trabalho, composto pelo governo e por representantes do setor privado, para desenvolver as ações necessárias para fazer os testes e validar a mudança na mistura.
O grupo tem até 23 março de 2017 para concluir os testes relacionados ao aumento do percentual para 10% e até 23 de março de 2019 para os estudos relativos à adição de 15% de biodiesel no diesel. As informações foram publicadas no Diário Oficial desta segunda-feira.
Em março deste ano, foi sancionada a lei que eleva a mistura de biodiesel ao diesel vendido ao consumidor para 8% a partir de 2017. De acordo com o Ministério de Minas e Energia, esse aumento "incentiva a produção de biodiesel, reduz as importações de óleo diesel e favorece a agricultura familiar e o agronegócio brasileiro".
A mesma lei determina que esse percentual passará para 9% até 2018 e para 10% até 2019. O texto também prevê que pode passar a 15% nos anos seguintes, desde que sejam feitos testes em motores e haja aprovação do Conselho Nacional de Política Energética.
Na ocasião em que o projeto de lei foi sancionado, a presidente Dilma Rousseff disse esperar que, com as novas misturas, o preço do combustível fique "mais barato" para o consumidor.
Biodiesel
O biodiesel pode ser extraído de fontes como mamona, dendê, girassol, babaçu, amendoim, pinhão manso e soja. Esse tipo de combustível, biodegradável e renovável, pode reduzir a poluição ambiental, segundo o governo.
De acordo com o Ministério de Minas e Energia, entre 2007 – quando o governo lançou o Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel (PNPB) – e 2014, foram economizados US$ 5,3 bilhões com a importação de óleo diesel.
Integrantes
O grupo criado pelo governo, que será coordenado por representante do Ministério de Minas e Energia, também terá representantes dos ministérios da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, do Meio Ambiente, além da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
Também participação representantes da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), do Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores – (Sindipeças), da Associação Brasileira de Engenharia Automotiva (AEA), da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq); Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), Associação dos Produtores de Biodiesel do Brasil (Aprobio) e União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene (Ubrabio).
Fonte: G1
Fonte: Canal do Produtor