O plantio de alho nas lavouras da Serra gaúcha está em ritmo acelerado. A principal causa é o clima que, apesar da ocorrência de geadas de extrema intensidade, tem apresentado dias de plena insolação e secos.
As lavouras implantadas com material precoce estão com bom desenvolvimento. Porém, a falta de chuva nas últimas semanas vem fazendo com que produtores intensifiquem a instalação dos sistemas de irrigação e comecem a utilizar essa tecnologia para melhorar a germinação dos bulbilhos-sementes plantados recentemente.
A precipitação escassa no mês de maio, e ainda inexistente no mês atual, deverá dificultar e até mesmo suspender a prática do plantio, caso não chova nos próximos dias, devido às restrições de operações de construção dos canteiros. Como o plantio e a colheita são manuais e demandam muita mão de obra, a contratação de empreiteiras especializadas nessas práticas é rotineira. O custo da mão de obra teve um acréscimo em relação ao ano passado: os plantadores estão cobrando de R$ 0,30 a R$ 0,40 por metro linear de canteiro (seis linhas/canteiro).
Outra prioridade é o controle de invasoras nas lavouras emergidas. Até o momento, a sanidade da cultura é satisfatória, sem qualquer registro de fitopatias ou ataque de pragas. Com relação ao comércio, o produto da safra passada já está todo vendido. É uma comercialização histórica da produção.
Em Vacaria, onde o plantio do alho na agricultura familiar está em plena execução, o produtor Nilmar Alexandre Borges, da localidade Capela Invernada dos Borges, efetua o plantio de dois hectares em sua propriedade, com utilização de sementes crioulas. Ele enfrentou a dificuldade do frio e da umidade para fazer o encanteiramento e acabou atrasando alguns dias o plantio.
Para a safra deste ano, Borges adquiriu implementos para facilitar as práticas e manejos agrícolas, através de investimento com recursos do Pronaf. O projeto de custeio da lavoura de alho também foi elaborado pelo Escritório da Emater/RS (Ascar).
Depois de contratar mão de obra para o plantio, o produtor já garantiu a colheita desta safra, com a mesma empreiteira de serviços agrícolas que disponibiliza uma equipe com trabalhadores rurais especializados em práticas da cultura do alho. Para canteiros com seis linhas, os preços de serviço praticados pela empresa, no município, variam de R$ 0,30 a R$ 0,35.
Fonte: Zero Hora
Fonte: Canal do Produtor