O algodão já está sendo colhido no oeste da Bahia. O resultado não será o que os agricultores esperavam. O motivo foi a falta de chuva.
A colheita de algodão já começou na fazenda no distrito de Roda Velha, município de São Desidério, no oeste da Bahia. Na propriedade foram plantados 3,3 mil hectares, mesma área da última safra. Mas, este ano o agricultor Marcos Rodrigues prevê uma queda na produção.
“A gente tinha uma média no ano passado de 310 arrobas. Esse ano, a gente está prevendo fechar em torno de 220 a 230 arrobas”, calcula Rodrigues.
Essa tem sido uma tendência no oeste baiano. Foram plantados cerca de 250 mil hectares de algodão, mas faltou chuva no período de formação da lavoura. Isso interferiu no desenvolvimento das plantas.
“As plantas ficam menores. Os capulhos não se formam direito. Então, isso afeta a produção”, esclarece o técnico agrícola Gleidson Montalvão.
D acordo com a Associação Baiana de Produtores de Algodão, a quebra de safra pode chegar aos 40% na região oeste. A média de produtividade era de 270 arrobas por hectare, mas este ano deve ficar em 171 arrobas.
A Bahia é o segundo maior produtor de algodão do Brasil. Mais da metade da fibra produzida no estado é para exportação para países como China, Indonésia e Coreia do Sul. Já o caroço do algodão é todo destinado para o mercado do Nordeste e abastece alimentação de animais. Apesar das perdas com a seca, o agricultor diz que a qualidade da pluma não foi afetada.
“Pelos lotes que foram beneficiados até agora, a qualidade está se mantendo dentro do esperado”, diz Rodrigues.
Em Mato Grosso, principal produtor do país, apesar de alguns agricultores terem enfrentado problemas com a falta de chuva e com o ataque da mosca branca, a produção deve crescer quase 1% em relação à safra passada.
Fonte: Revista Globo Rural
Fonte: Canal do Produtor