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MODERNIZAÇÃO

A raça Angus é reconhecida internacionalmente como produtora de carne de alto valor agregado, que garante retorno econômico para os pecuaristas que apostam na genética.

A carne Angus terá origem rastreada no Brasil a partir de agora. A procedência genética do animal só poderá ser estampada nas embalagens após passar por um procedimento de controle conduzido pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e depois de fiscalizado pelo Ministério da Agricultura. Para o consumidor, essa medida pode significar preço maior, o selo, porém, pretende transmitir confiança de qualidade ao produto.

Essa decisão passou a valer depois de uma circular do ministério e da assinatura de um protocolo entre a Associação Brasileira de Angus (ABA) e a CNA. As entidades envolvidas acreditam que o controle atenderá mercados mais exigentes, diferenciará produtos por qualidade e preço nas prateleiras, dará mais qualidade à carne brasileira e trará segurança e transparência na identificação de rótulos e alimentos.

- Isso nos possibilita mais que ampliar exportação, dá caráter de credibilidade no mercado – avaliou José Roberto Pires Weber, presidente da ABA.

A adesão ao Protocolo Angus, que dará certificação à carne do rebanho que seguir as especificações determinadas, não exigirá pagamento de tarifas ou taxas.

Na avaliação dele, isso contribuirá para que a carne brasileira seja vendida no mercado internacional por um preço superior.

- Nossa carne, em qualidade, não fica devendo nada a nenhuma outra – afirmou.

José Martins da Silva, presidente da CNA, celebrou a assinatura do protocolo e afirmou que o rebanho brasileiro vem melhorando, mas pode avançar mais.

- Nossa carne deixa muito a desejar. Estamos assinando esse protocolo de modo que possamos levar aos mercados mais exigentes uma carne de qualidade – disse.

A partir de 1º de junho começa o cadastramento de produtores no programa. Com isso, o rebanho deve ser colocado na Plataforma de Gestão Agropecuária (PGA), um sistema do Ministério da Agricultura, e terá de cumprir exigências.

Décio Coutinho, secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura afirmou que esse processo de rotulagem estava conturbado e agora ficou claro.

- Quem for colocar essa marca, tem de fazer conforme determina o protocolo e a legislação. O consumidor poderá pegar na prateleira e terá a certeza de que o produto é relativo a exatamente o que está no rótulo – explicou o secretário.

Na visão dele, no entanto, esse selo, sozinho, não garante e abre mais mercados, o que faz isso, segundo ele, é produto de qualidade, com fiscalização sanitária adequada.

Fonte: Gazeta do Povo



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