O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) em Goiás e a Gerência de Sanidade Vegetal da Agrodefesa estão realizando, desde o mês de janeiro deste ano, o levantamento da mosca da carambola. O objetivo é confirmar o status de Goiás como livre da praga quarentenária Bactrocera carambolae por meio de armadilhas de captura com feromônios, instaladas estrategicamente em 10 pontos de trânsito de pessoas e de frutos hospedeiros de B. carambolae. As armadilhas são trocadas quinzenalmente e estão instaladas nos municípios de Anápolis, Formoso, Goiânia, Porangatu, São Miguel do Araguaia e Uruaçu.
De acordo com a coordenadora do Programa de Prevenção e Controle de Pragas em Citros da Agrodefesa, Mariza Mendanha, o monitoramento da Mosca da Carambola é uma operação oficial coordenada pelo Plano Nacional de Erradicação da Mosca da Carambola do Mapa, que tem como objetivos: a erradicação da praga nos Estados do Amapá, Roraima e Pará; a manutenção das unidades da federação como livres da praga; e manutenção das exportações de frutas.
Mariza explica que a mosca da carambola ataca principalmente as plantas hospedeiras primárias tais como: carambola, manga, sapoti, gingeira da jamaica, maçaranduba, arapaju, laranja caipira, laranja da terra, laranja amarga, laranja, goiaba e jambo branco.
As armadilhas, os feromônios e as diárias para supervisões são custeados pelo Mapa, como destaca Mariza. “A Agrodefesa fornece, em contrapartida, veículos para a locomoção dos fiscais, instalação e trocas das armadilhas e o envio das bases para a gerência de sanidade vegetal”, explica ela.
A mosca
A mosca da carambola é originária do Sul da Ásia e foi introduzida no continente americano, através do Suriname, em meados de 1975. “No ano de 1989 foi detectada na Guiana Francesa de onde se dispersou para o município de Oiapoque no Estado do Amapá, Brasil em 1996”, conta Mariza.
Segundo ela, trata-se de uma praga de grande expressão econômica para países exportadores de frutas, principalmente no que concernem as restrições quarentenárias impostas por países importadores que não possuem a praga em seus territórios. “Assim, a dispersão da mosca da carambola pelo Brasil pode ocasionar prejuízos de grandes proporções ao País, principalmente pela perda de mercado. No Brasil, atualmente, ocorre nos estados do Amapá, Roraima e Pará”, especifica a coordenadora.
Fotne: Goiás Agora
Fonte: Canal do Produtor