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GEADA AFETA PRODUÇÃO NO SUL DO PAÍS

As hortaliças, o milho safrinha, as pastagens e até o feijão registraram queda nas produções por conta das temperaturas abaixo de zero nos estados do Sul do País. O frio deve continuar e o inverno será rigoroso este ano.Segundo os agrometeorologistas consultados pelo DCI, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e o sul do Paraná foram os mais afetados. Eles acreditam que o inverno tende a ser mais severo, na comparação com o ano passado. Essa condição climática deve durar de maio a setembro.
Nessa mesma época de 2015, o El Niño estava ganhando força, o que impossibilitou o avanço da massa de ar fria no País. Agora, nós estamos saindo do El Niño. Então, o inverno deve ser mais rigoroso , disse o agrometeorologista da Climatempo, Alexandre Nascimento.
O milho safrinha, que é plantado na entressafra, também pode ser afetado, caso as baixas temperaturas avancem ainda mais para o Paraná e em São Paulo.
Entre as cultivos deteriorados até o momento, as hortaliças estão entre os mais sensíveis. Nesse grupo, alface, repolho, couve, couve-flor e brócolis podem ser mais afetados, de acordo com a presidente da Associação Brasileira de Horticultura (ABH), Tiyoko Nair Rebouças. É por conta da falta do produto que as hortaliças estão com os preços elevados , disse ela.
Os especialistas consultados avaliam como remota, mas não descartam impacto nas culturas de café, cana-de-açúcar e laranja.
O clima adverso ainda não afetou as produções agrícolas em grande escala no País, mas isso pode acontecer. Em julho começa uma fase de risco , alerta o agrometeorologista da Somar Meteorologia, Marco Antônio dos Santos.
Pastagens e arroz
Prejudicados pelo clima na safra em 2015/2016, os pecuaristas podem ter que recorrer novamente à compra de ração animal pela quebra nas pastagens. Agora, ao invés do excesso de chuvas, o problema é a forte geada.
A dificuldade é que o preço do milho vem avançando no mercado interno. Ontem, segundo o índice de preços do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), o valor da saca de 60 quilos está em R$ 53,56. Há um ano, o valor da saca girava em torno dos R$ 25.
Já para na cultura de arroz, em que lavouras inteiras ficaram embaixo d água, a perspectiva é positiva.
As atuais condições climáticas, de certa forma, são favoráveis ao arroz, porque permite o controle natural de algumas pragas, diminuindo a incidência de insetos, e contribuí para a conservação do grão , afirmou a Federação das Associações de Arrozeiros do Estado do Rio Grande do Sul (Federarroz), Henrique Dornelles.
Ainda segundo o presidente da Federarroz, o que deve ser o entrave para a produção é a aquisição de crédito rural, já que muitos produtores estão endividados e não atingiram bons índices de produção e produtividade no último ano.
Fonte: DCI

Fonte: Canal do Produtor



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