Na sessão desta quarta-feira (8), os futuros da soja registram um novo e importante rally de alta na Bolsa de Chicago. Os contratos mais negociados, por volta das 12h40 (horário de Brasília), subiam mais de 40 pontos – ou mais de 3%, levando o julho/16 a chegar aos US$ 11,82 por bushel.
Segundo explicam analistas, o mercado internacional ainda conta com uma conjunção de fatores para renovar seu fôlego e continuar registrando novos avanços. E essa conjuntura influencia não só a soja, como as commodities de uma forma geral, inclusive os demais itens do complexo – farelo e óleo.
Nas bolsas internacionais, começando pela soja, passando por milho, trigo, café, açúcar, algodão e chegando ao petróleo e ao ouro, as altas variavam de 0,87% a 4,32%. Em contrapartida, e como um dos principais fatores de alta para as commodities, vinha o dólar em baixa não só no Brasil, como também no exterior, frente a uma cesta de principais moedas.
No Brasil, a moeda norte-americana vinha sendo negociada, pela primeira vez em quase um ano, abaixo dos R$ 3,40. Por volta de 12h05 (Brasília), a divisa vinha perdendo 1,53% para ser cotada a R$ 3,396. "Muita gente no mercado via um piso nos 3,50 reais e as declarações do Ilan contrariaram essa tese", disse o operador da corretora Ativa Arlindo Sá à agência de notícias Reuters, referindo-se à sabatina vivida pelo presidente indicado ao Banco Central no Senado Federal. "Aí o real veio com tudo, embalado também pelo cenário externo positivo", completou.
Apesar disso, a força do mercado climático norte-americano é cada vez mais forte e ganha cada vez mais peso nas negociações em Chicago. "O clima passa a ser o principal foco de observação dos fundos, que continuam comprando, apostando em seca durante o mês de julho (nos Estados Unidos)", explica a analista de mercado Andrea Cordeiro, da Labhoro Corretora.
Segundo analistas internacionais, os traders ainda seguem acompanhando com atenção as previsões que indicam tempo mais quente e seco no Meio-Oeste americano nos próximos dias, o que poderia fortalecer as possibilidades de um La Niña.
Nos próximos 6 a 10 dias, de acordo com informações do NOAA, há de 40% a 60% de chances de que as temperaturas fiquem acima da média em todo o Corn Belt, enquanto as chuvas poderiam ficar abaixo do esperado para esse período do ano.
Fonte: Notícias Agrícolas
Fonte: Canal do Produtor