O Índice de Preços dos Alimentos da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) atingiu 155,8 pontos em maio, com alta de 2,1% ante abril, porém, 7% abaixo do nível verificado no mesmo período do ano passado. O avanço representa o quarto mês consecutivo em alta e todos os indicadores subiram, com exceção aos óleos vegetais, aponta a FAO.
O índice considera uma média ponderada dos preços internacionais de cinco grupos de commodities: cereais, óleos vegetais, laticínios, carne e açúcar.Os óleos vegetais foram o ponto fora da curva, registrando queda de 1,8% em maio na comparação com abril, para 163,3 pontos. O óleo de palma foi o componente que mais pesou na queda, após registrar os últimos três meses em alta. O indicador foi pressionado por uma demanda menor do que o esperado, especialmente pela China, Índia e União Europeia (UE), além da disponibilidade maior de exportação na Malásia.
Os cereais, por sua vez, avançaram 1,6%, para 152,3 pontos. Pelo segundo mês consecutivo, os preços do milho foram os que mais avançaram, influenciados pela menor disponibilidade de exportação na América do Norte, que deve se estender até que a colheita seja iniciada a partir de setembro. As cotações de arroz também se fortaleceram, diante de temores sobre a oferta. Já no trigo, o avanço foi mais modesto com o cenário de ampla oferta global.
No segmento de laticínios, houve ligeira alta de 0,4% na mesma base de comparação, para 128,0 pontos. Na segunda quinzena de maio, um avanço dos preços internos na EU e um avanço da demanda internacional sustentaram avanços no leite em pó integral e manteiga. Os preços do queijo também subiram na Oceania.
O índice de preços do açúcar ficou em 240,4 pontos, 11,7% superior ao verificado no último mês. O avanço foi sustentado pela perspectiva de produção menor na Índia, o segundo maior produtor global, assim como oferta mais apertada na China, que deverá impulsionar as importações. Dados indicando uma grande safra no Brasil, porém, inibiram um avanço ainda mais expressivo.
O Índice de Preços de carnes ficou 2,0% acima do verificado em abril, atingindo 151,8 pontos. Os níveis de preço das carnes de suíno e carneiro apresentaram alta, enquanto as carnes de frango e bovina tiveram avanço mais modesto. A carne suína teve forte alta na UE, com avanço dos preços internos e contínuo avanço da demanda asiática. Na Oceania, oferta limitada de carne bovina provocou alta das importações e preços. Já a cotação da carne de frango registrou crescimento moderado pelo terceiro mês consecutivo.
Fonte: Globo Rural