As altas no mercado da soja não param e os futuros negociados na Bolsa de Chicago subiam, por volta de 12h50 (horário de Brasília), entre 15,25 e 35,75 pontos, com o contrato julho/16 valendo US$ 11,35 e o agosto/16 a US$ 11,27 por bushel. O novembro/16, referência para a safra americana, valia US$ 10,81 por bushel, enquanto o setembro/16 valia US$ 11,02.
No Brasil, com altas na CBOT, novos recordes. A soja disponível no porto de Paranaguá sobe 4,50% e alcança os R$ 97,00 por saca, enquanto em Rio Grande o ganho é de 3,85% para R$ 94,50. Para o mercado futuro, com produto da safra 2016/17, altas de, respectivamente, 1,66% e 2,225, para R$ 92,00 por saca em ambos os terminais.
A oferta é ajustada e os produtores brasileiros, como explica o consultor em agronegócio Ênio Fernandes, seguem bastante retraídos em suas vendas. "Quem está exportando agora, exporta somente para fazer caixa", diz.
E daqui em diante, o ritmo das exportações pode perder um pouco de força já que, como explica o especialistas, as margens com as vendas no mercado interno poderiam ser ainda melhores. No interior de Goiás, nesta quinta-feira (2), os preços oscilavam perto de R$ 88,50 por saca.
A oleaginosa brasileira conta ainda com o dólar em alta frente ao real e, mais uma vez, o cenário interno pesa de forma agressiva sobre os negócios. O reajuste do do salário dos servidores públicos não foi bem recebido pelos investidores. Por volta de 12h25(Brasília), a divisa subia 0,27% para ser cotada a R$ 3,598, mas mais cedo já havia superado os R$ 3,60.
"(A medida) vai na contramão do ajuste fiscal, mas pode contar pontos na questão da governabilidade. No líquido, o resultado pode não ser de todo negativo", disse à Reuters o superintendente regional de câmbio da corretora SLW João Paulo de Gracia Corrêa, referindo-se à possibilidade de o governo interino ter conquistado mais apoio político com a aprovação da medida.
Bolsa de Chicago
Na Bolsa de Chicago, os ganhos da sessão desta quinta-feira passam de 3% nos vencimentos mais negociados e renova suas máximas em dois anos, segundo relatam os analistas. Os três primeiros contratos já opera acima dos US$ 11,00 por bushel, rompendo uma resistência forte e importante para os preços adotada nos últimos dias.
Ainda de acordo com analistas, a atual oferta curta de soja é o principal componente que dá firmeza ao terreno dos preços neste momento. Enquanto o volume disponível vem se tornando cada vez mais escasso, na outra ponta, o apetite mundial continua muito voraz e bsucando produto nos principais fornecedores globais, onde o produto disponível já é bastante disputado. Reflexo disso, são os atuais preços praticados no Brasil, que já se aproximam de R$ 100,00 por saca.
"Temos uma demanda global bastante firme. Há informações de que a China poderá importar até 90 milhões de toneladas nesta temporada e a oferta nos Estados Unidos ainda é incerta. Por outro lado, temos problemas em relação ao clima na Argentina e no Brasil praticamente não temos oferta”, explica Vlamir Brandalizze, consultor de mercado da Brandalizze Consulting.
Paralelamente, um maior apetite por risco e, especialmente por commodities, por parte dos fundos neste início de mês também motiva os ganhos desta quinta-feira. "Os fundos estão mirando nas commodities, e a soja e o farelo são as 'queridinhas' desses novos fundos", explica Andrea Cordeiro, analista de mercado da Labhoro Corretora.
Fonte: Notícias Agrícolas
Fonte: Canal do Produtor