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BOM FATURAMENTO MINEIRO

Apesar do ano em crise, o setor agropecuário de Minas estima fechar 2015 com faturamento de R$ 52,9 bilhões; resultado 4,4% maior que no ano anterior, segundo análise da Faemg (Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais). A queda da produção em volume, ocasionada, especialmente, pela estiagem, tem sido acompanhada pela elevação de preços dos produtos, o que deve segurar a renda do setor. Destaque especial para a produção agrícola, com crescimento previsto de 10,1%. Calculado com base no desempenho do setor no primeiro quadrimestre, o VBP (Valor Bruto da Produção) agropecuária mineira para 2015 é estimado com base na relação entre o volume da produção e a cotação média do produto.

Conforme o levantamento, enquanto os dados da pecuária somaram R$ 23 bilhões, revelando o decréscimo de -2,1% em relação ao ano passado, as lavouras somaram R$ 29,9 bilhões, aumento de 10,1%, segurando o desempenho positivo do setor rural no estado. Os produtos agrícolas respondem por 56,45% em participação do VBP agropecuário mineiro.

Segundo o analista de agronegócios da Faemg, Caio Coimbra, no levantamento de abril, os principais produtos agrícolas que registraram contribuições positivas, em variação ou em participação, foram abacaxi (26,1%), batata (51,9%), laranja (15,9%); banana (46,5%), cebola (109,1%) e feijão (34,3%) e o café (14,2%).

- O bom desempenho do café no VBP está associado aos preços médios pagos pela saca, superiores aos registrados no ano anterior. É o que acontece também no caso da cebola, feijão e batata. Por outro lado, em relação ao abacaxi, banana e laranja, a melhora no desempenho é devido a dois fatores: ao aumento do preço e da produção – explica o analista.

VBP Pecuário
Os produtos pecuários que mais se destacaram foram os bovinos (14,6%), com renda estimada em R$ 8,2 bilhões; frango (-1,9%), devendo atingir R$ 2,16 bilhões; suínos (-4,3%), R$ 1,97 bilhão; e ovos (10,1%), que devem alcançar R$ 0,96 bilhões. O resultado negativo da variação para o produto bovino foi um reflexo da desvalorização do leite em 13,3%, valor que corresponde a R$ 9,7 bilhões.

Fonte: FAEMG



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