O Índice de Confiança do Agronegócio (IC Agro), medido pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e pela Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), caiu 1,7 ponto no primeiro trimestre deste ano ante o quarto de 2015, para 82,6 pontos.
- É preciso considerar, no entanto, que a queda foi concentrada em apenas um dos três grupos pesquisados para a elaboração do índice: a Indústria Depois da Porteira, formada predominantemente por fabricantes de alimentos, foi a única a apresentar perda de confiança – destacaram as entidades, em relatório.
De acordo com Fiesp e OCB, levando em conta somente a Indústria Depois da Porteira (Logística e Alimentos), a confiança caiu 10,1 pontos, para 77 pontos, o menor nível da série histórica.
- A deterioração se deve, basicamente, à percepção negativa dessas indústrias, cujo desempenho é atrelado ao varejo – explicaram as entidades.
Considerando-se apenas a Indústria Antes da Porteira (Insumos Agropecuários), houve uma alta de 5,5 pontos na confiança, para 73,3 pontos.
- Embora parte das empresas, como as fabricantes demáquinas agrícolas, ainda não tenha muitos motivos para comemorar, há setores para os quais o início de 2016 trouxe algum alento. É o caso das empresas de fertilizantes e defensivos, cujos mercados tiveram desempenho superior de janeiro a março deste ano em comparação com o primeiro trimestre de 2015 – informaram as entidades.
Além disso, aumentou o grau de confiança dessas indústrias com relação à economia do Brasil – especificamente nesse item, o índice aumentou 7,8 pontos no trimestre, chegando a 41,8 pontos.
O Índice de Confiança das indústrias inseridas na cadeia produtiva do agronegócio, que engloba tanto antes quanto depois da porteira, encerrou o trimestre passado em 75,9 pontos, 5,4 pontos menos ante o período de outubro a dezembro de 2015. Esse número representa o menor nível da série histórica, iniciada no fim de 2013.
Do lado do produtor, o indicador de confiança cresceu pelo segundo trimestre consecutivo, chegando a 91,9 pontos (mais 3,5 pontos). A confiança do produtor agrícola manteve uma trajetória de crescimento iniciada há três trimestres, chegando a 93,9 pontos, alta de 4,5 pontos em relação ao quarto trimestre do ano passado. Já a do produtor pecuário, o índice fechou o trimestre em 85,9 pontos, 0,5 ponto acima do último trimestre de 2015.
- Na composição do resultado, pesaram situações diversas entre os pecuaristas. Enquanto os criadores de gado de corte ficaram mais confiantes no trimestre, os produtores de pecuária de leite perderam confiança – disse.
Conforme a metodologia do estudo, uma pontuação igual a 100 pontos corresponde à neutralidade. Resultados abaixo disso indicam baixo grau de confiança e superiores a 100 pontos, por sua vez, demonstram otimismo.
Fonte: GloBo Rural