As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam com alta próxima de 100 pontos nesta manhã de sexta-feira (20), após recuar por três sessões consecutivas e voltar ao patamar de US$ 1,25 por libra-peso. Com esse novo avanço, os principais vencimentos já se aproximam de US$ 1,30/lb. Na véspera, os preços externos tiveram perdas de mais de 600 pontos.
Por volta das 09h17, o vencimento julho/16 tinha 124,85 cents/lb com alta de 90 pontos, o setembro/16 registrava 126,75 cents/lb com 85 pontos. Já o contrato dezembro/16 anotava 129,60 cents/lb e o março/17 operava com 132,30 cents/lb, ambos com alta de 90 pontos.
Veja como fechou o mercado na quinta-feira:
Café: Com soma de fatores baixistas, Bolsa de Nova York despenca mais de 600 pts nesta 5ª feira
Após altas consecutivas nos últimos dias, as cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) despencaram mais de 600 pontos Nesta quinta-feira (19). Em ajustes, repercutindo o câmbio e a chegada da produção do Brasil no mercado, os preços externos voltaram a ficar próximos do patamar de US$ 1,25 por libra-peso.
O vencimento maio/16 encerrou a sessão de hoje cotado a 129,30 cents/lb com 255 pontos de queda. O julho/16 teve 123,95 cents/lb e o setembro/16 anotou 125,90 cents/lb, ambos com queda de 615 pontos. Já o contrato dezembro/16 registrou 128,70 cents/lb com 605 pontos de desvalorização.
Com essa nova queda, o mercado do café arábica na ICE completa a terceira sessão seguida de queda, após avançar por nove sessões seguidas nos últimas dias chegando até a US$ 1,35/lb nos contratos mais distantes. Segundo o analista de mercado da Origem Corretora, Anilton Machado, um misto de fatores baixistas pesou sobre os preços externos nesta quinta.
"O mercado realizou ajustes ante as altas recentes. No entanto, também sentiu bastante a pressão do câmbio e da entrada da safra. Apesar disso tudo, ao meu ver, não era pra ter ocorrido uma queda tão expressiva. O mercado está muito especulativo", explica Machado.
Na sessão de ontem, o analista João Santaella antecipou que o cenário era tecnicamente desfavorável para o mercado do café. "Estudos de análise técnica apontam para um cenário baixista, com preços abaixo de 130,00 cents/lb e suportes em 125,00 e 121,00 cents/lb", explicou.
O dólar comercial encerrou a sessão desta quinta-feira com alta de 0,20%, cotado a R$ 3,5702 na venda. Porém, chegou a subir mais de 1,5% refletindo a divulgação do Fed (Federal Reserve), que sinalizou ontem (18) a possibilidade de aumento dos juros dos Estados Unidos em junho. Com o dólar mais alto, as exportações da commodity brasileira ganham competitividade e os preços são corrigidos.
Do lado fundamental, o avanço da colheita e a chegada das primeiras amostras de café no mercado também refletem no mercado. Segundo levantamento divulgado nesta quinta-feira (19) pela Safras & Mercado, a colheita do Brasil está em 10% do total esperado, ou seja, 5,63 milhões de sacas de 60 kg. A consultoria estima a produção de café nesta temporada em 56,4 milhões de sacas.
Apesar do avanço da colheita no Brasil, alguns produtores do Sul de Minas paralisaram os trabalhos no campo por conta da umidade com chuvas ou a chegada delas nas áreas produtoras para não haver problemas de qualidade.
A corretora Marex Spectron reduziu nesta quinta-feira sua estimativa para o excedente global de café na temporada 2016/17 com uma menor projeção para a colheita no México e melhora nas perspectivas para a Colômbia. Saindo de 1,03 milhão da publicação anterior para 1 milhão de sacas.
Mercado interno
O mercado interno segue lento, há apenas negócios isolados. Os produtores estão mais atentos aos trabalhos no campo e não ofertam suas produções pelos atuais patamares. Em entrevista ao Notícias Agrícolas na manhã desta quinta-feira, o produtor de café, Fernando Barbosa informou que os preços na região de São Pedro da União em cerca de R$ 480,00 a saca não cobrem nem os custos de produção.
Segundo ele, os custos na região Sul de Minas variam entre R$ 480,00 a R$ 510,00 a saca dependendo do mecanismo de produção.
O tipo cereja descascado continua com maior valor de negociação em Espírito Santo do Pinhal (SP) e Guaxupé (MG) com R$ 530,00 a saca, queda de 2,75% e preço estável, respectivamente. A maior oscilação no dia foi registrada em Guaxupé.
O tipo 4/5 também teve maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com R$ 530,00 a saca e recuo de 3,28%. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Poços de Caldas (MG) com queda de 4,94% e saca a R$ 462,00.
O tipo 6 duro registrou maior valor de negociação em Varginha (MG) com R$ 490,00 a saca e recuo de 1,01%. A maior oscilação no dia ocorreu em Poços de Caldas (MG) com queda de 4,64% e saca a R$ 452,00.
Na quarta-feira (18), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 469,40 com queda de 1,29%.
Bolsa de Londres
A Bolsa de Londres (ICE Futures Europe), antiga Liffe, seguiu Nova York novamente nesta sexta-feira e recuou forte. O contrato maio/16 registrou US$ 1630,00 por tonelada e queda de US$ 10, o julho/16 teve US$ 1643,00 por tonelada e recuo de US$ 26, enquanto o setembro/16 anotou US$ 1658,00 por tonelada e desvalorização de US$ 27.
Na quarta-feira (18), o Indicador CEPEA/ESALQ do café conillon tipo 6, peneira 13 acima, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 386,96 com queda de 0,62%.
Fonte: Notícias Agrícolas
Fonte: Canal do Produtor