A Associação dos Suinocultores de Minas Gerais (ASEMG) registrou um aumento de R$0,25 Kg/vivo, fechando em R$ 3,50 Kg/vivo a bolsa mineira – aumento relativo ao preço de R$ 3,25 acordado no Estado na semana anterior.
A pesquisa de mercado Mercominas sinalizou que na semana passada 77% dos negócios foram fixados no valor da Bolsa de Belo Horizonte a R$3,25 e 6% acima deste valor, indicando uma tendência de alta para esta semana, o que pode ser confirmado também por outras praças.
Em São Paulo a APCS (Associação Paulista dos Criadores de Suínos) informou alta de R$ 0,32 no quilo do animal vivo. Assim, os negócios no estado saíram de R$ 3,15/kg para R$ 3,47/kg neste início de semana.
No Rio Grande do sul, a bolsa de suínos indicou alta de R$ 0,20 na referência, passando de 3,10/kg para R$ 3,30/kg. Enquanto que a cotação agroindustrial média do suíno ficou em R$ 2,78/kg, segundo informações a ACRURS (Associação dos Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul).
Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Allan Maia, "a tendência para o curto prazo é de que os preços continuem nos mesmos patamares registrados na semana”, afirma. Ainda assim, a situação segue complicada no mercado interno, "por conta dos altos custos de produção, mas ao menos o setor conseguiu estancar um pouco as perdas", completa.
Apesar da melhor relativa nas cotações, as altas significativas na saca do milho têm deixado os suinocultores de todo o país em situação dramática.
Em São Paulo, a relação de troca arroba suína/milho alcançou um dos piores patamares da história. De acordo com levantamento da APCS atualmente é possível comprar com uma arroba suína apenas 1,4 sacas de milho, enquanto que tradicionalmente a relação era de 2,4 scs/@.
"Na região de Campinas (SP) a saca do cereal é comercializada a R$ 53,00, o farelo de soja em torno de R$ 1.300,00/t. Assim, o custo de produção chega a R$ 75,00 por arroba", explica o presidente da Associação Valdomiro Ferreira.
E mesmo com a alta de R$ 0,32/kg em relação ao preço anterior, os suinocultores paulistas ainda amargam um prejuízo de R$ 53,00 por animal vivo comercializado no mercado independente.
Diante desse cenário, Ferreira afirma que muitas granjas já estão deixando de alocar e abatendo matrizes e, entregando animais mais leves, fatores que criando um desequilíbrio de oferta.
"Assim, projetamos para o segundo semestre uma redução no volume de carnes disponível no mercado interno. Porém, o consumo – em função da crise econômica – não deve impulsionar os preços", destaca Ferreira.
Fonte: Notícias Agrícolas
Fonte: Canal do Produtor