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GALO GIGANTE E CARO

O criador Geraldo Gonçalves investe há 16 anos na criação das aves da raça galo índio gigante no município de Baldim (MG). A atividade, que começou de modo amador, transformou-se em uma oportunidade nos últimos anos. A grande lucratividade do negócio deve-se, principalmente, às características e valorização da raça no mercado. São aves de grande porte que chegam a medir mais de um metro de altura e a pesar até 8 quilos.

Os galos gigantes são rústicos e não necessitam de uma infraestrutura complexa para a criação. Devido ao porte avantajado, originalmente a raça foi bastante explorada em rinhas, atividade hoje proibida. Atualmente, a finalidade é a produção de carne. O gasto por ave, do nascimento até a fase adulta – cerca de seis meses -, gira em torno de R$ 30.

- Aqui na fazenda criamos as aves basicamente à base de milho e soja, além de muito verde. Com quatro meses de idade, elas já estão prontas para o abate – explica Gonçalves.

Considerado o nelore das aves, o galo índio é resultado do cruzamento de diferentes raças caipiras. A dúzia de ovos pode custar até R$ 180, enquanto cada pintinho tem o valor de R$ 50. Um galo na fase adulta custa em média R$ 500. Já as aves com medidas acima da média (1,17m) e com boas características, como barbela de boi e crista bola, podem chegar R$ 6 mil.

Os galos também são utilizados para aprimorar a genética da espécie. E existem, ainda, os colecionadores que criam a raça comoaves ornamentais.

Cuidados com o animal

Alguns cuidados devem ser seguidos durante o manejo, tendo com base os desafios sanitários encontrados em cada criatório ou local de permanência dos animais. Um espaço adequado que permita que os galos se exercitem, como em piquetes, deve ser preservado para evitar brigas, competições por alimento ou mesmo disputas por fêmeas e território.

- Dentre os cuidados necessários para garantir a saúde das aves, além do acompanhamento veterinário, é importante que os criadores sigam um programa de vacinação que envolva aplicações contra bouba aviária, newcastle e marek – explica a veterinária Natália de Melo Moraes.

Chega de briga!

As rinhas de galo são proibidas no Brasil, conforme previsto na lei 9605/1988. O contraventor pode responder porcrime ambiental e maus tratos. Segundo Natália de Melo Moraes, em rinhas o animal é submetido a situações de estresse, desgaste físico e até a morte.

- Os ‘galos de briga’ são cruelmente ‘treinados’ para adquirirem resistência e fortalecimento da musculatura. Medicações estimulantes ou mesmo hormônios costumam ser aplicados nas aves para promover o desenvolvimento do animal, colocando em risco, mais uma vez, a saúde da ave – explica.

Fonte: Globo Rural



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