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FAEMG CRITICA NOVA LIBERAÇÃO PARA CAFÉ PERUANO E PREÇO MÍNIMO “IRREAL”

Belo Horizonte / Minas Gerais (11/05/2016) -  Nessa terça (10/5), o Ministério da Agricultura voltou a autorizar as importações de grãos verdes de café provenientes do Peru. A medida já havia sido tomada no ano passado, tendo sido suspensa alguns dias depois, após comprovação técnica dos riscos fitossanitários à produção nacional.

Segundo o Presidente das Comissão Nacional de Café da CNA e Comissão de Cafeicultura da FAEMG, Breno Mesquita, a liberação ignora uma série de documentos técnicos apresentados pelo setor produtivo, entidades de pesquisa e de representação, que comprovam a existência, naquele país, de pragas exóticas e potencialmente nocivas não apenas ao café, como também a outras culturas agrícolas no Brasil: “Estranhamos muito o retrocesso desta decisão, sem ouvir o setor ou analisar os danos que pode trazer a milhares de cafeicultores em nosso país”.

Ele afirmou ainda que deve se reunir nesta quinta-feira (12), em Brasília, com o secretário de Defesa Agropecuária do MAPA, Luís Rangel para buscar reverter, mais uma vez, a liberação.
 
| Preço Mínimo
 
Outra medida governamental que desagradou o setor foi o anúncio ontem (10) do novo preço mínimo do produto, fixado muito abaixo do esperado. O valor, que não era reajustado desde 2013, passou de R$ 307 para R$ 330,25 para o arábica e de R$ 193,54 para R$ 208,19 no caso do conilon. O aumento de 7,57% , inferior à inflação do período, foi considerado irreal: “Sendo o preço mínimo um parâmetro para todas as políticas públicas que se desenham para o café, é uma irresponsabilidade definir um valor tão fora da realidade e que só prejudicará ainda mais o produtor”, afirmou Breno Mesquita. Segundo ele, a média ponderada do custo brasileiro de produção de uma saca de café é superior a R$ 430, conforme acompanhamento do Projeto Campo Futuro, da CNA.
 
“Entendo que, com o início da colheita na maior parte das regiões brasileiras, o Governo deveria estar preocupado em agilizar a liberação dos recursos do Funcafé e garantir renda aos produtores e o bom ordenamento do escoamento desta safra, que será de ciclo alto, ao invés de criar medidas ainda mais nocivas ao desenvolvimento de uma das atividades mais importantes para a economia do país. Todas essas ações que estamos acompanhando esta semana só põem em risco uma cafeicultura dinâmica e, sobretudo, exercida de forma sustentável no país”, criticou Breno Mesquita.

Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais – FAEMG
(31) 3074-3000
faemg@faemg.org.br
http://www.faemg.org.br/

Fonte: Canal do Produtor



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