Patos de Minas é uma das 55 cidades que fazem parte da região que produz o Café do Cerrado (primeira região produtora de café demarcada no Brasil), onde o grão é caracterizado pela bebida fina, corpo forte e bom aroma. O clima é ideal para o cultivo de qualidade: verões quentes e chuvosos seguidos por invernos secos e frios. Só em Patos de Minas e municípios próximos são aproximadamente 20 mil hectares.
Buscando valorizar ainda o produto, a Cafex (Cooperativa dos Cafeicultores de Patos de Minas e Região) e o SENAR Minas promoveram o curso de Classificação e Degustação de Cafés.
- Os alunos são cafeicultores e filhos de cafeicultores que querem aprender técnicas para agregar conhecimento ao trabalho que já é realizado – explica a instrutora Helga Andrade.
O treinamento mostra as etapas de classificação e torra do café e ensina as técnicas de degustação, que são importantes para o reconhecimento das características dos diferentes tipos de cafés. No evento também foi abordado possíveis problemas na lavoura.
- A qualidade do café começa na lavoura, por isso, aproveitamos a oportunidade para tirar as dúvidas dessa etapa – conta Helga.
A produtora de café Neli de Jesus avaliou o curso como “grande oportunidade” para alcançar seu objetivo: a criação da microempresa de Torrefação de Café, que está sendo montada em sua fazenda, situada em Presidente Olegário. Na propriedade, ela cultiva e comercializa o grão e, agora, também poderá vender o café torrado e moído.
Entre os alunos, estava a estudante de Biotecnologia na Universidade Federal de Uberlândia, Gabriela Campos. Ela se interessou pelo treinamento por causa do trabalho acadêmico sobre fermentação de café.
- Fiquei sabendo do curso e imaginei que poderia ser um aliado para o meu projeto. Fiquei impressionada com o aprendizado – ressalta.
O gerente do SENAR em Patos de Minas, Sérgio Coelho, destaca a importância do curso.
- Agregar conhecimento à cafeicultura tão competitiva da região torna a ação ainda mais desafiadora. O trabalho foi ótimo e certamente demos mais um passo para a melhoria da qualidade técnica dos produtores – destaca Coelho.
A maioria das amostras foi cedida pela Assopatos (Associação dos Cafeicultores de Patos de Minas) e os participantes também puderam levar seus próprios grãos para serem analisados.
- Foi muito produtivo. A maneira didática de ensinar da instrutora deixou todos envolvidos e interessados em aprender – diz o presidente da Associação, Geraldo França.
Fonte: Senar