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SECA FAZ PRODUÇÃO DE MAMÃO CAIR 70% NO ESPÍRITO SANTO

Segundo maior produtor de mamão do Brasil, o Espírito Santo registrou queda na produção da fruta por causa da seca, cerca de 70% nos primeiros meses de 2016. O preço do quilo da fruta subiu acima de R$ 10,00 nos supermercados da Grande Vitória.
O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) apontou o mamão como o principal vilão da inflação em março no item alimentos, com 42% de acréscimo no preço.
Em abril, a alta foi de 22,1%. De acordo com a Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Papaya (Brapex, sediada em Linhares), os demais estados produtores – como Minas Gerais, Rio Grande do Norte e Bahia – também estão sofrendo com os períodos de estiagem.
A mudança climática colaborou para que acontecesse a escassez generalizada do produto no mercado. “Apesar de o Espírito Santo estar passando por uma de suas piores secas, todas essas regiões estão com falta de chuva. Isso fez o preço da fruta subir como nunca”, explicou o diretor executivo da Brapex, Franco Fiorot.
A diminuição da oferta fez o preço pago ao produtor chegar a R$ 5 o quilo nos últimos dias, índice “histórico” e bem acima da média de R$ 0,80 pagos ao longo de 2015.
Franco lembrou que, como consumidores, as pessoas têm a oportunidade de escolher pela compra ou não do produto, além da quantidade adquirir, de acordo com o preço.
“No campo, o produtor não pode escolher, já que ele não controla os fatores climáticos e fica no prejuízo, com a perda na produção, devido à falta de água”, pondera.
O diretor da Brapex destaca ainda que, sem ter água para irrigar, o mamoeiro não consegue formar frutas. Na fazenda da empresa Caliman Agrícola, por exemplo, a produção caiu de 1,2 mil toneladas para cerca de 300 toneladas ao mês.“Quem está numa localidade que sofreu menos com a falta de água, está se dando bem, mas são poucos os casos de produtores que estão colhendo a quantidade normal de frutas”, avalia Franco.
Atualmente, o estado produz cerca de 400 mil toneladas de mamão por ano, em uma área de 5 mil hectares. A produtividade, de 63 toneladas por hectare, é cerca de 30% acima da média nacional.
Com menos fruta sendo colhidas, entretanto, as exportações capixabas tiveram redução no mês de março. A tendência, considerando a situação climática, é de mais queda nos embarques internacionais nos próximos meses.
Fonte: G1 Espírito Santo    

Fonte: Canal do Produtor



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