Na última sexta-feira (6), a commodity encerrou a sessão com desvalorização de 10 pontos e negócios firmados em 15,74 centavos de dólar por libra-peso. Comparando os preços da sexta-feira anterior (29 de abril), a desvalorização no período foi de 58 pontos.
Nas telas de outubro/16 e março/17, a desvalorização na sessão da última sexta-feira da Ice Future foi de sete e quatro pontos, respectivamente.
Segundo o jornal Valor Econômico de hoje (9), "uma nova rodada de realização de lucros voltou a pressionar as cotações do açúcar na sexta-feira na bolsa de Nova York (…) Os fundos buscam sair de suas posições altamente compradas depois que um forte ataque especulativo descolou os preços internacionais do mercado físico do Brasil".
Em Londres os preços também fecharam a sexta-feira (6) em baixa em todos os vencimentos. Na tela de agosto/16 os negócios foram firmados em US$ 458,40 a tonelada, baixa de 2,80 dólares no comparativo com a véspera. Na semana os preços caíram 9 dólares, comparando a cotação do dia 29 de abril (US$ 467,40 ton), aos preços da última sexta-feira.
Para Arnaldo Luiz Corrêa, diretor da Archer Consulting, "será que o mercado se recupera na próxima semana? Bem, os fundos estão muito comprados e nunca se sabe em que momento (nível) as vendas acionadas por sistemas de computador podem entrar em cena e fazer com o mercado. Acredito que apenas fatores exógenos ao açúcar podem contribuir para a queda de preços. Por exemplo, uma eventual queda do barril do petróleo que prejudica a arbitragem do etanol internamente".
Ainda segundo Corrêa, "é muito importante lembrar que o novo governo – que deve assumir na sexta-feira após o Senado afastar a presidente Dilma – tentará manter o real mais desvalorizado para aumentar as exportações e isso pode trazer pressão para o açúcar. Uma taxa de 3.6500-3.7000 mantendo os valores em reais por tonelada constantes (R$ 1,250) pode derrubar o mercado em NY mais 100 pontos (para 14.80 centavos de dólar por libra-peso, aproximadamente). Esta é a maior bandeira baixista tremulando no campo de jogo".
Mercado doméstico
O mercado paulista de açúcar fechou em alta na última sexta-feira (6), segundo índices do Cepea/Esalq, da USP. Os negócios foram firmados em R$ 75,32 a saca de 50 quilos do tipo cristal, valorização de 0,25% no comparativo com a véspera.
Fonte: Agência UDOP de Notícias
Fonte: Canal do Produtor