As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) estendem os ganhos da sessão anterior nesta manhã de quinta-feira (5) com suporte do financeiro e os vencimentos mais próximos voltaram a ficar acima de US$ 1,20 por libra-peso.
Na véspera, o dólar comercial fechou em baixa, após registrar valorização de quase 4% nas últimas duas sessões. A moeda estrangeira menos valorizada em relação ao real acaba dando maior competitividade às exportações da commodity brasileira.
Por volta das 09h16, o vencimento julho/16 anotava 119,10 cents/lb com avanço de 125 pontos, o setembro/16 operava com 123,00 cents/lb e 120 pontos de alta. O contrato dezembro/16 tinha 125,65 cents/lb com 150 pontos positivos, enquanto o março/16 registrava 128,10 cents/lb com 135 pontos positivos.
Veja como fechou o mercado na quarta-feira:
Café: Após duas quedas seguidas, Bolsa de Nova York esboça recuperação nesta 4ª feira com suporte do financeiro
Nesta quarta-feira (4), as cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam do lado azul da tabela, após duas quedas consecutivas que derrubaram os preços abaixo do patamar de US$ 1,20 por libra-peso. O mercado teve suporte do financeiro, principalmente o câmbio, – que impacta nas exportações da commodity brasileira – e indicadores técnicos uma vez que o mercado parece ter encontrado sustentação.
O vencimento maio/16 encerrou a sessão cotado a 119,10 cents/lb com avanço de 50 pontos, o julho/16 anotou 120,00 cents/lb com 75 pontos de alta. Já o contrato setembro/16 registrou 121,55 cents/lb e o dezembro/16 fechou o dia cotado a 124,15 cents/lb, ambos com 40 pontos de valorização.
Após registrar valorização de quase 4% nas últimas duas sessões, o dólar comercial fechou a sessão desta quarta com baixa de 0,87%, cotado a R$ 3,5400 na venda em ajustes e sem a atuação do Banco Central. Operadores afirmam que a tendência para os próximos dias é mesmo da moeda estrangeira mais baixa que o real por conta da instabilidade política vivida no Brasil.
Com o dólar menos valorizado em relação ao real, as exportações do café perdem competitividade e os preços externos esboçam recuperação. "Os investidores de olho no câmbio e na entrada da safra cafeeira no Brasil vem adotando muita cautela em suas expectativas mercadológicas e isso, inviabiliza de vez, qualquer chance de aumento de liquidez", afirma o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães.
Ainda no aspecto financeiro, a valorização no preço do petróleo nesta quarta-feira também acaba contribuindo para os ganhos das commodities agrícolas. Às 17h, o ativo estava acima de US$ 43 o barril na Bolsa de Nova York, com alta de 0,53%.
Apesar da leve alta no mercado do arábica na sessão de hoje, o cenário permanece baixista para o grão levando em conta apenas os aspectos fundamentais, segundo reportam agências internacionais. Os investidores externos estão animados com a safra 2016/17 do Brasil, que começou a ser colhida há poucos dias e é estimada por entidades privadas acima de 50 milhões de sacas.
De acordo com estimativa da consultoria Safras & Mercado, a produção de café do país na safra 2016/17 deve totalizar 56,4 milhões de sacas de 60 kg. Levando esse número em consideração, os produtores brasileiros já comprometeram cerca de 11 milhões de sacas da safra nova, ou 20% da produção esperada.
Mercado interno
Nas praças de comercialização do Brasil seguem lentos os negócios com café, o produtor não aparece no mercado para negociar a produção pelos atuais patamares. Por outro lado, o lado comprador também aguarda a chegada da nova safra. "Por aqui, além do clima, trabalhos de colheita, qualidade da safra, oscilações do dólar ainda temos o viés político", pondera Marcus Magalhães.
O tipo cereja descascado teve maior valor de negociação nesta quarta-feira em Espírito Santo do Pinhal (SP) com R$ 530,00 a saca – estável. A maior oscilação no dia foi registrada em Poços de Caldas (MG) com queda de 1,38% e saca a R$ 501,00.
O tipo 4/5 teve maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com R$ 505,00 a saca e desvalorização de 0,98%. Foi a maior variação no dia dentre as praças.
O tipo 6 duro registrou maior valor de negociação na cidade de Araguari (MG) com R$ 490,00 a saca e queda de 3,92%. Foi a maior variação no dia – estável. A maior oscilação ocorreu em Franca (SP) com R$ 470,00 a saca e recuo de 2,08%.
Na terça-feira (3), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 453,94 com alta de 0,49%.
Bolsa de Londres
A Bolsa de Londres (ICE Futures Europe), antiga Liffe, para o café robusta fechou no campo misto nesta quarta-feira. O contrato maio/16 registrou US$ 1545,00 por tonelada com recuo de US$ 9, o julho/16 teve US$ 1587,00 por tonelada e avanço de US$ 8, enquanto o setembro/16 anotou US$ 1604,00 por tonelada e valorização de US$ 5.
Na terça-feira (3), o Indicador CEPEA/ESALQ do café conillon tipo 6, peneira 13 acima, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 378,80 com baixa de 0,24%.
Fonte: Notícias Agrícolas
Fonte: Canal do Produtor