O crescimento da economia chinesa pode até ter desacelerado, mas o país asiático continua sendo um cobiçado mercado, porque tem apetite sempre acima da casa do bilhão. É por isso que representantes de entidades brasileiras do setor de carne centram forças, a partir desta semana, em ações a serem desenvolvidas no Salão Internacional de Alimentação (Sial). A feira, uma das mais importantes do segmento, será realizada em Xangai, de quinta a sábado.
A Associação Brasileira de Angus (ABA), em parceria com a Apex-Brasil e a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), repetirá a dose de outros eventos internacionais e fará uma edição do Brazilian Angus Day na sexta-feira. A proposta é dar aos visitantes um gostinho da carne de qualidade produzida pelos brasileiros.
— Tudo no mercado chinês é superlativo. Abrir as vendas para este país representa muito — pondera Fabio Medeiros, gerente do Programa Carne Angus Certificada.Depois de manter um arrastado embargo à carne bovina brasileira, por conta de um caso atípico de encefalopatia espongiforme bovina (popularmente conhecida como mal da vaca louca) comunicado pelo Brasil em 2012, a China retomou as compras do produto brasileiro em junho do ano passado. De lá para cá, a receita com os embarques de carne bovina soma mais de US$ 626 milhões.
— A expectativa é que os embarques para o mercado chinês alcancem entre
US$ 800 milhões e US$ 1 bilhão este ano — diz Antônio Jorge Camardelli, presidente da Abiec.
Ao todo, 14 empresas associadas da entidade participam do salão.
Com as exportações igualmente impulsionadas pelas compras chinesas, as indústrias de aves e de suínos também marcam presença no Salão Internacional de Alimentação. A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) levará 13 empresas – quatro das quais com sede ou plantas no Rio Grande do Sul (Adelle, Alibem, JBS e Vibra). JBS e Alibem já estão habilitadas a vender ao mercado chinês.
Fonte: Zero Hora
Fonte: Canal do Produtor