Mais de 99% dos 9,20 milhões de hectares cultivados com soja na safra 2015/16, em Mato Grosso, estão colhidos, volume mais do que suficiente para confirmar a frustração de produção e produtividade deste ciclo. Na última sexta-feira, dia 29, o rendimento do grão por hectare colhido contabilizou a 11ª semana consecutiva de perdas. Entre a máxima registrada na primeira semana de fevereiro, quando a média semanal de produtividade no Estado bateu 52,59 sacas, o volume extraído na última semana de abril despencou para 45,58 sacas, uma perda de pouco mais de 7 sacas por hectare. Na comparação com o mesmo período do ano passado, quando o rendimento semanal fechava em 51,91 sacas, a perda é de 6,33 sacas por hectare.
A frustração na produtividade dessa safra decorre da interferência climática que impactou o desenvolvimento das lavouras desde o início do plantio, ainda em setembro de 2015, persistindo até o período de maturação em algumas regiões. Como explicam analistas do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), as lavouras enfrentaram um clima atípico, caracterizado pelo forte El Niño que predominou sobre o atual ciclo, marcado por tempo seco e calor intenso – especialmente entre setembro e dezembro de 2015, quando a safra mato-grossense começava a ser semeada. “No momento da colheita as lavouras começaram a mostrar o resultado do clima e o principal deles é a queda no rendimento por hectare, o que para o produtor significa perdas em cifras. É um investimento que foi feito e que ficou sem o retorno esperado”.
Fonte: Diário de Cuiabá
Fonte: Canal do Produtor