O primeiro quadrimestre de 2016 vai sendo encerrado com quedas de preços do boi, do suíno e do frango – o que, diga-se de passagem, não representa fato inusitado, pois é típico da sazonalidade das carnes. Ainda que há tempos a carne bovina venha apresentando comportamento distinto de sua curva sazonal de preços.
De toda forma, o boi já não apresenta a mesma vitalidade de momentos anteriores, pois fecha os quatro primeiros meses do ano com valorização anual média de pouco mais de 6%, índice aquém da inflação (IPCA) que, nos últimos 12 meses, acumula variação superior a 9%. Mesmo assim, o boi continua muito à frente do IPCA acumulado nos últimos 24 ou 36 meses.
Não é o que ocorre com o suíno, que completa o quadrimestre valendo 6% menos que há um ano; ou 8% menos que há dois anos, o que dá a exata dimensão da crise que afeta o setor. E mesmo em relação a 2013 continua sem apresentar ganho real, pois sua valorização nominal foi de apenas 2,44%, contra uma inflação que supera os 25%.
O frango vivo, por fim, encerra o primeiro terço do ano com boa valorização sobre idêntico período de 2015. Mas isso só vale como referência frente à inflação, pois, considerados os custos, a defasagem de preços é enorme.
Mas não só isso. Porque, como mostra a tabela abaixo, o valor médio deste quadrimestre se encontra menos de 3% acima do que foi registrado nos mesmos quatro meses de 2013. Isto, para uma inflação que supera os 25% e um custo do insumo básico (milho) mais de 50% superior.
Quanto à paridade de preços com o boi (valor da arroba convertido em quilos), o desempenho do frango neste ano vem sendo ligeiramente superior ao de 2015, mas visivelmente aquém do registrado em 2014 e, principalmente, em 2013. Já em relação ao suíno, retorna-se à mesma paridade de três anos atrás.
Fonte: Avisite
Fonte: Canal do Produtor