A soja colhida no Noroeste do Rio Grande do Sul percorre mais de 600 quilômetros até o porto de Rio Grande, no Sul do estado, de onde segue para países como a China, principal compradora do produto gaúcho. A maior parte da safra viaja de caminhão. A quarta reportagem da série Caminhos da Soja, veiculada no RBS Notícias, mostra a trajetória do grão cruzando as rodovias do estado.
Os caminhoneiros reclamam das condições das principais estradas que fazem a ligação do Noroeste com o Sul gaúcho. Na ERS-342, que liga Ijuí a Cruz Alta, a queixa é pela falta de acostamento.
- É difícil, não tem acostamento. Se estoura um pneu, dá algum problema, tem que parar em cima da pista. Não tem o que fazer – relata o motorista Edson Machado.
A vegetação quase invade a rodovia e também esconde as placas de sinalização. O asfalto apresenta ondulações e para desviar dos desníveis da pista, alguns motoristas andam na contramão.
- É um desnível, um solavanco. Está complicado isso aí. Vai mola, vai indo, vai estragando – reclama Machado.
A BR-158, de Cruz Alta até Santa Maria, apresenta boas condições. Porém, guiar os caminhões carregados com toneladas de soja volta a ser um desafio ao entrar na BR-392, na Região Central. O movimento de veículos pesados é três vezes maior na época do escoamento da safra.
A balança instalada na rodovia está desativa e sem previsão para voltara funcionar, de acordo com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).
Fonte: G1 – RS