Os preços em escalada e o crônico desabastecimento da Venezuela deixaram a dona de casa Alida González, 65, com dificuldades para colocar a comida na mesa.
Moradores da favela de Petare, na capital Caracas, ela e os quatro familiares agora pulam uma refeição por dia com frequência e passaram a comer mais carboidratos para substituir as proteínas que ficaram caras ou indisponíveis.
- Com o dinheiro que nós usávamos para fazer café da manhã, almoço e jantar, agora só podemos comprar o café da manhã, e mesmo assim nem tão bom – disse González em sua casa.
Num dia recente, a dona de casa tinha apenas meio quilo de frango, quatro bananas-da-terra, um pouco de óleo de cozinha, um pacote pequeno de arroz e mangas. A família não sabia quando seria capaz de comprar mais.
A recessão e uma economia estatal disfuncional estão forçando muitos neste país sul-americano de 30 milhões de habitantes a reduzir o consumo ou a comer refeições menos balanceadas.
Em uma pesquisa recente de três grandes universidades críticas ao governo, 87% dos entrevistados dizem que seus salários são insuficientes para comprar comida.
Fonte: Folha de S. Paulo