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CAFÉ: COTAÇÕES DO ARÁBICA EM NY ESTENDEM GANHOS DAS ÚLTIMAS DUAS SESSÕES NESTA MANHÃ DE 4ª

As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam com leve alta nesta manhã de quarta-feira (27) e estendem os ganhos das últimas duas sessões. Os principais contratos já estão acima de US$ 1,25 por libra-peso. O mercado segue se baseando no financeiro, principalmente, câmbio e petróleo, e nas incertezas em relação ao clima no Brasil.
Às 09h08, o vencimento julho/16 tinha 126,40 cents/lb com 65 pontos de alta, o setembro/16 operava com 127,90 cents/lb com 50 pontos positivos. Já o contrato dezembro/16 registrava 130,00 cents/lb e o março/17 estava cotado a 132,30 cents/lb, ambos com 35 pontos de valorização.
Veja como fechou o mercado na terça-feira:
Café: Bolsa de Nova York avança mais de 200 pts nesta 3ª feira e vencimentos fecham acima de US$ 1,25/lb
Os futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam esta terça-feira (26) com alta acima de 200 pontos nos principais vencimentos, após o fechamento praticamente estável na véspera. Com a ausência de novidades fundamentais nas origens, o mercado segue se baseando bastante no financeiro, principalmente, câmbio e petróleo, e especulações de clima no Brasil.
O contrato maio/16 registrou na sessão de hoje 125,25 cents/lb com alta de 215 pontos, o julho/16 anotou 125,75 cents/lb com avanço de 220 pontos. Já o vencimento setembro/16 teve 127,40 cents/lb com 210 pontos positivos, enquanto o dezembro/16 fechou o dia cotado a 129,65 cents/lb com 215 pontos de valorização.
Ainda repercutindo os possíveis desdobramentos no cenário político e econômico do Brasil, o dólar comercial operou durante quase todo o dia abaixo de R$ 3,55. Os investidores aguardam ansiosos pela formação da equipe econômica de um possível governo de Michel Temer. A divisa americana recuou 0,83%, cotada a R$ 3,5191 na venda. Com o dólar mais baixo em relação ao real, as exportações da commodity do Brasil tendem a diminuir o ritmo, que tem sido alto nos últimos meses.
De acordo com o balanço divulgado na segunda-feira pela Secex (Secretaria de Comércio Exterior), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), as exportações brasileiras de café até a quarta semana de abril (15 dias úteis) totalizaram 1,77 milhões de sacas de 60 kg, com receita de R$ 258,5 milhões. Em todo o mês de março, o volume embarcado foi de 2,77 milhões de sacas.
Além disso, o avanço do petróleo na Bolsa de Nova York nesta terça também acabou contribuindo para os ganhos das commodities agrícolas, de um modo geral. Por volta das 17h23, o ativo operava acima de US$ 44 o barril com alta de mais de 3%.
Para o analista de mercado do Escritório Carvalhaes, Eduardo Carvalhaes, as especulações sobre o clima no Brasil também acabam influenciando o mercado. "Há a previsão de uma frente fria chegando às áreas produtoras do país e isso sempre acaba repercutindo como um perigo", afirma.
A colheita do café começa de forma lenta nas principais áreas produtoras de café do Brasil. Os trabalhos ainda não estão generalizados, mas as primeiras amostras que chegam ao mercado dão um panorama de como promete ser a produção da safra 2016/17 do Brasil. No Sul de Minas Gerais, principal região produtora de arábica, a colheita tem surpreendido positivamente os produtores, enquanto que no Espírito Santo, maior estado produtor da variedade robusta, as perdas que eram esperadas devido a seca têm sido confirmadas.
O mercado futuro do café arábica trabalha há algumas sessões sem se basear nas questões fundamentais das origens produtoras. De acordo com o analista da Price Futures Group, Jack Scoville, o clima continua seco na principal região produtora da variedade robusta do Brasil, o Espírito Santo. Também há registro de altas temperaturas no Vietnã e grande parte do México e América Central. A Colômbia, importante país produtor de café arábica, tem registrado mais chuvas. No entanto, elas ainda são insuficientes. Já as áreas produtoras da África parecem apresentar boas condições de produção.
Mercado interno
Nas praças de comercialização do Brasil ainda acontecem negócios isolados com os produtores distantes do mercado à espera de melhores patamares de preço. "A conjugação de falta de liquidez, dólar firme e bolsas em alta deu ao café uma moldura interessante e que pode projetar bons ventos no front", afirma o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães.
O tipo cereja descascado teve maior valor de negociação hoje em Espírito Santo do Pinhal (SP) com R$ 540,00 a saca – estável. A maior oscilação no dia dentre as praças foi registrada em Guaxupé (MG) com alta de 1,32% e saca a R$ 538,00.
O tipo 4/5 teve maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com R$ 530,00 a saca e alta de 1,34%. Foi a maior oscilação no dia dentre as praças.
O tipo 6 duro teve maior valor de negociação em Araguari (MG) e Espírito Santo do Pinhal (SP) com R$ 500,00 a saca, preço estável e alta de 2,04%, respectivamente. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Patrocínio (MG) com avanço de 3,19% e saca a R$ 485,00.
Na segunda-feira (25), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 460,67 com alta de 0,24%.
Fonte: Notícias Agrícolas

Fonte: Canal do Produtor



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