Milho: Precipitações deverão recuperar parte do potencial produtivo das lavouras. Porém, em algumas áreas perdas estão consolidadas e podem ultrapassar os 15% nesta safra. Temperaturas também já estão mais baixas. Saca do produto é negociada a R$ 38,50 no mercado disponível. Boa parte dos produtores fizeram contratos futuros, com valor de R$ 28,00/sc.
Após um período mais seco e das altas temperaturas, as chuvas retornaram à região de Toledo (PR). Somente nesta segunda-feira (26), o volume acumulado chegou a 55 mm e na manhã desta terça-feira as precipitações continuam. As chuvas vieram em boa hora já que muitas lavouras de milho safrinha sofriam com o clima adverso.
Segundo o presidente do Sindicato Rural do município e vice-presidente da Aprosoja PR, Nelson Paludo, a perspectiva é que o clima ameno contribua para o desenvolvimento da cultura e reduza as perspectivas em relação às perdas na produtividade. Ainda assim, na localidade, a situação não é tão grave, pois entre os dias 10 e 13 de abril, grande parte das plantações receberam chuvas de até 15 mm.
“E as chuvas de agora irão ajudar na recuperação das lavouras mais atrasadas, que estavam precisando de umidade e água. Claro que temos algumas plantações que não irão recuperar, apenas ganharão um pouco mais de peso nos grãos. Em algumas localidades, as perdas podem superar os 15%. Contudo, a média do município ainda deverá ser boa”, afirma Paludo.
Nas últimas temporadas, a produtividade média das lavouras de milho ficou próxima dos 7 mil quilos por hectare. “Acreditamos que iremos colher um pouco menos, mas para saber o rendimento somente colocando a colheitadeira no campo”, pondera a liderança sindical.
Sanidade das lavouras
Apesar do clima irregular, Paludo sinaliza que os produtores investiram nos tratamentos preventivos e a sanidade das lavouras pode ser considerada boa. “Realizamos os trabalhos durante a madrugada, já que durante o dia tivemos altas temperaturas”, completa.
Preços do milho
Nesse momento, a saca do cereal é cotada a R$ 38,50 em Toledo, valor bem acima dos contratos feitos por grande parte dos produtores, de R$ 28,00 a saca. E, mesmo com a proximidade da colheita, o que sazonalmente pressiona as cotações, o presidente ressalta que a perspectiva é de manutenção dos atuais patamares praticados.
“Isso por conta dos problemas que estamos observando em outras regiões do país. A cotação deverá se manter em um bom nível esse ano. E com esse valor, o agricultor já visualiza a próxima temporada e anima a fazer o próximo plantio”, finaliza o presidente do sindicato.
Fonte: Notícias Agrícolas
Fonte: Canal do Produtor
