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CITRICULTURA: EPAMIG ALERTA SETOR SOBRE DOENÇA

O município de Belo Vale, maior produtor de tangerina ‘Ponkan’ em Minas Gerais, sedia no próximo dia 28 de abril, o Encontro Técnico de Citricultura. O evento, a ser realizado pela Epamig (Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais), em parceria com a Prefeitura Municipal, vai discutir a atividade no Estado e dar orientações para o combate do HBL/Greening, a mais destrutiva doença dos citros no Brasil.
Durante o encontro, que será realizado no Centro Comunitário, a pesquisadora da Epamig Sul, Ester Alice Ferreira, abordará a citricultura mineira, destacando as potencialidades e desafios. A pesquisadora informa que a região Central do Estado é a maior produtora de citros, sendo que os municípios de Belo Vale, Brumadinho e Bonfim somam uma área plantada de aproximadamente 3.000 hectares de laranja, limão e tangerina.
Em Belo Vale, a área plantada é de, aproximadamente, 1400 hectares de tangerina ‘Ponkan’, com produtividade média de 35 toneladas por hectare. “A tangerina é a principal fruta cítrica da região, que se destaca nacionalmente na produção de ‘Ponkan’, mas também cultiva as variedades ‘Murcott’ e ‘Rio’”, informa Ester. Outro destaque tem sido a produção de limão ‘Tahiti’. “A área plantada saltou de 14 hectares no ano de 2010 para 380 hectares em 2014”, completa.
Os pesquisadores Renato Beozzo Bassanezi (Fundecitrus) e Eduardo Augusto Girardi (Embrapa) falarão sobre a identificação e manejo do HBL/Greening. A doença, conhecida também como ‘Amarelão’, ataca plantas cítricas e pode ocorrer em qualquer fase do desenvolvimento. Laranjeiras e tangerineiras estão entre as espécies mais afetadas, mas quaisquer citros são suscetíveis a esta doença. “Embora não se tenha nenhum dado oficial da ocorrência da doença na região, é muito provável que já esteja presente. E o objetivo das palestras neste tema é orientar os produtores’’, afirma Ester.
A primeira ocorrência da doença no Brasil foi em 2004 no estado de São Paulo. A transmissão se dá por um inseto psilídeo chamado Diaphorina citri, já presente em vários estados, que adquire a bactéria ao se alimentar de uma planta infectada. O primeiro sintoma de contaminação é o aparecimento de um ramo amarelo que se destaca dos demais ainda verdes. À medida que a doença evolui, outros ramos amarelos vão surgindo até que todas as folhas da copa da planta tornem-se amarelas. Numa fase seguinte, as folhas caem, o que causa seca e morte dos ponteiros.
No fruto, o principal sintoma é a redução acentuada do tamanho. Sintomas externos também podem ser observados durante o amadurecimento dos frutos, como coloração verde irregular e inversão de cor durante a maturação (em um fruto sadio, a maturação se dá da parte basal para o centro; já em um fruto de uma planta contaminada, inicia-se do pedúnculo para o centro). Outro sintoma é a assimetria do fruto, quando um de seus lados apresenta tamanho diferente. Os frutos perdem valor comercial por sua deformação e, por acumularem menos açúcares, tornam-se inadequados para processamento de suco.
Fonte: Diário do Comércio

Fonte: Canal do Produtor



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