Mato Grosso do Sul atingiu produção de 7,6 milhões de toneladas (7.597.014 quilos) na safra 2015/2016 de soja, de acordo com levantamentos realizados pelos técnicos do Siga MS (Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio), ferramenta desenvolvida pela Aprosoja/MS (Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul). As informações foram divulgadas nesta segunda-feira (18).
O aumento na produção do grão nesta safra é de aproximadamente 9,4% em relação ao ciclo passado, o que dá ao Estado nova safra recorde. Em relação à produtividade ponderada final, a média alcançada é de 50,5 sc/ha (sacas por hectare).
Acompanhamento
Dos 2,5 milhões de hectares de lavouras de soja plantadas no Estado, 2,2 milhões de hectares, ou seja, 92% da área total, foram visitados continuamente pelos técnicos da Aprosoja/MS durante todo o ciclo. As informações colhidas nesses levantamentos deram origem às circulares da Casa Rural. Na Circular Técnica n° 154, divulgada hoje, constam os números finais da safra de soja.
O resultado final é positivo, no entanto, caso as condições climáticas tivessem sido mais favoráveis, a produção total de Mato Grosso do Sul poderia ter atingido 8 milhões de toneladas (8.081.895 quilos) do grão, considerando a área total plantado.
Considerando somente a área colhida nos municípios acompanhados pelo Siga MS, a produtividade média de Mato Grosso do Sul foi de 53,8 sc/ha. Só na região sudeste/sudoeste, que representa 72% da área plantada de Mato Grosso do Sul, a produtividade média foi de 54,3 sc/ha.
Percentual de perdas
No entanto, alguns municípios apresentaram redução da produtividade devido ao excesso de chuvas durante o ciclo, o que causou dificuldade no manejo das lavouras, gerou grãos avariados, além de perdas de áreas alagadas, dificuldade de acesso às áreas e no escoamento da colheita.
Por causa desses fatores é que, na realidade, o sojicultor sul-mato-grossense conseguiu colher uma média de 50,5 sacas em cada hectare plantado. Entre todos os municípios acompanhados pelo Siga MS, 16 apresentaram redução de produtividade de aproximadamente 10% em relação à sua área plantada (itens em vermelho da imagem).
Esses números são indicados na tabela 1 (imagem). A primeira coluna da imagem representa somente a soja colhida em cada município do Estado, sendo que esse número desconsidera as áreas não colhidas. Por outro lado, a segunda coluna da tabela 1 representa o total plantado no município, ou seja, a área colhida, assim como as áreas não colhidas (perdidas) em decorrência dos fatores climáticos.
Questões climáticas
A Circular Técnica 154 ainda apresenta gráficos com a evolução semanal do plantio da soja e, posteriormente, da colheita do grão durante a safra 2015/2016, detalhando períodos e regiões de maior desenvolvimento dessas etapas.
Por fim, o levantamento ainda aponta que, em Mato Grosso do Sul, a média acumulada das precipitações nesta safra foi de aproximadamente 982,4 mm, cerca de 215 mm superior a safra 2014/2015. Houve maior índice pluviométrico na região sul do Estado, que variou de 250 mm a 1.700 mm e, para região centro/norte, o volume de precipitações foi inferior, variando entre 400 mm e 1.300 mm.
Fonte: Aprosoja MS