Em 2015, pela primeira vez desde a sua popularização em 1996, a área utilizada para cultura de sementes geneticamente modificadas diminuiu, de acordo com uma organização sem fins lucrativos que rastreia o plantio de sementes transgênicas.
A organização disse que a principal causa do declínio foi o baixo preço das commodities, que levaram os fazendeiros a plantar menos milho, soja e canola de todos os tipos, geneticamente modificados ou não.
Mas os números dos anos recentes mostram que o mercado para este tipo de produto tem estado quase saturado.
Apenas três países – Brasil, EUA e Argentina – somam mais de três quartos da produção global destas sementes. E a maior parte da biotecnologia da agricultura é utilizada em apenas quatro culturas – milho, soja, algodão e canola. Em muitos casos, mais de 90% destes quatro grãos que crescem nos três países citados acima, e em outros grandes produtores como Canadá, Índia e China, já são geneticamente modificados, deixando pouco espaço para expansão.
Os esforços para expandir o uso da biotecnologia para outros tipos de sementes e outros países têm sido dificultados pela oposição de consumidores e grupos ambientais, além de obstáculos regulatórios e, em alguns casos, científicos.
A organização diz que sua missão é ajudar fazendas de pequeno porte em países em desenvolvimento a tirar proveito da biotecnologia, que, afirmam, pode aumentar a renda dos fazendeiros e reduzir o uso de pesticidas químicos.
Fonte: Opinião & Notícia