As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam próximas da estabilidade nesta manhã de sexta-feira (8), mas estendem as perdas da sessão anterior. O mercado se baseia no câmbio e no maior otimismo em relação à produção do Brasil nesta temporada.
O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou na quinta-feira que a produção de café do Brasil na safra 2016/17 pode alcançar 50,2 milhões de sacas, um aumento de 13,8% em relação ao ano anterior. Desse total 39,2 milhões de sacas são de arábica e 11 milhões de sacas de robusta. A projeção foi revisada para cima, uma vez que no mês passado o Instituto esperava colheita de 49,7 milhões de sacas.
Por volta das 09h33, o vencimento maio/16 tinha 119,60 cents/lb com queda de 20 pontos. O contrato julho/16 registrava 121,65 cents/lb, o setembro/16 anotava 123,45 cents/lb e o dezembro/16 operava com 125,60 cents/lb, ambos com queda de 30 pontos.
Veja como fechou o mercado na quinta-feira:
Café: Safra projetada em 50 mi de sacas e embarques do Brasil fazem Bolsa de NY perder patamar de US$ 1,20/lb
As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam a sessão desta quinta-feira (7) com queda acima de 150 pontos nos principais vencimentos. Após registrar leve recuperação na véspera, os preços voltaram a cair no terminal externo acompanhando as expectativas de produção em cerca de 50 milhões de sacas no Brasil nesta safra e as exportações do País – que sobem com o dólar mais valorizado –.
Os lotes com vencimento para maio/16 encerraram a sessão cotados a 119,80 cents/lb e o julho/16 teve 121,95 cents/lb, ambos com queda de 170 pontos. Já o contrato setembro/16 registrou 123,75 cents/lb com baixa de 165 pontos e o dezembro/16 anotou 125,90 cents/lb com recuo de 145 pontos.
Após resistir acima de US$ 1,20 por libra-peso nas últimas sessões, apesar das baixas, as cotações do arábica na ICE registraram leve valorização na sessão anterior, o que segundo traders, indicava que o mercado poderia ter encontrado um equilíbrio. No entanto, com novas estimativas para a produção do Brasil, o otimismo dos operadores voltou à tona.
"A expectativa de safra alta e os embarques recentes pelo Brasil dão certa confiança para os investidores. Diante desse cenário, os grandes grupos na bolsa sempre se aproveitam e pressionam os preços", afirma o analista de mercado do Escritório Carvalhaes, Eduardo Carvalhaes.
O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou nesta quinta-feira que a produção de café do Brasil na safra 2016/17 pode alcançar 50,2 milhões de sacas, um aumento de 13,8% em relação ao ano anterior. Desse total 39,2 milhões de sacas são de arábica e 11 milhões de sacas de robusta. A projeção foi revisada para cima, uma vez que no mês passado o Instituto esperava colheita de 49,7 milhões de sacas.
O dólar comercial avançou na sessão de hoje 1,33%, cotado a R$ 3,6937 na venda repercutindo a atuação do Banco Central com swap cambial reverso em meio ao cenário político intenso no Brasil e o cenário externo desfavorável. A moeda estrangeira mais valorizada dá maior competitividade às exportações. "As vendas brasileiras continuam crescendo e isso dá a confiança que os investidores precisam", explica Carvalhaes. Além disso, o petróleo chegou a recuar quase 2% nesta quinta-feira, cotado a US$ 37 o barril, o que também acaba puxando as commodities agrícolas para baixo.
Em março, as exportações brasileiras de café (22 dias úteis) totalizaram 2,77 milhões de sacas de 60 kg, com receita de R$ 405,9 milhões. O volume representa uma alta de quase 4% em relação a fevereiro (19 dias úteis). O balanço divulgado na sexta-feira (1º) pela Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
Mercado interno
Com a instabilidade nos preços externos, os negócios nas praças de comercialização do Brasil não lembram em nada o cenário visto no mês passado. O dólar mais alto nesta quinta-feira até acabou ajudando as cotações, mas elas ainda estão distantes do desejo do produtor. "O mercado está travado, sempre acontecem alguns negócios, mas poucos lotes saem por R$ 500,00 a saca [patamar chave do produtor]", diz Eduardo Carvalhaes.
O tipo cereja descascado teve maior valor de negociação hoje em Espírito Santo do Pinhal (SP) com R$ 540,00 a saca e alta de 1,89%. A maior oscilação ocorreu em Poços de Caldas (MG) com avanço de 1,96% com saca a R$ 521,00.
O tipo 4/5 teve maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com R$ 549,00 a saca e avanço de 0,92%. A praça que registrou maior variação foi Poços de Caldas (MG) com alta de 1,02% e R$ 494,00.
O tipo 6 duro teve maior valor de negociação em Espírito Santo do Pinhal (SP) e Varginha (MG) com R$ 500,00 a saca – estável. A maior oscilação no dia ocorreu em Araguari (MG) que registrou queda de 2% e tem saca cotada a R$ 490,00.
Na quarta-feira (6), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 471,81 com queda de 0,18%.
Bolsa de Londres
As cotações do café robusta na Bolsa de Londres (ICE Futures Europe), antiga Liffe, fecharam com forte alta nesta quinta-feira. O mercado acompanha atentamente o desenvolvimento da safra brasileira, que foi impactada pela seca no ano passado.
O contrato maio/16 registrou US$ 1497,00 por tonelada com alta de US$ 27, o julho/16 teve US$ 1530,00 por tonelada e avanço de US$ 28, enquanto o julho/16 anotou US$ 1549,00 por tonelada e desvalorização de US$ 24.
Na quarta-feira (6), o Indicador CEPEA/ESALQ do café conillon tipo 6, peneira 13 acima, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 379,93 com alta de 1,17%.
Fonte: Notícias Agrícolas
Fonte: Canal do Produtor