As exportações brasileiras totais de carne bovina “in natura” e processada em março cresceram 23% em relação ao mesmo mês de 2015, e os preços obtidos subiram 9%, segundo informações do Secex do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), compiladas pela Associação Brasileira de Frigoríficos (ABRAFRIGO).
Na soma de março foram exportadas 136.596 toneladas em 2016 contra 111.381 toneladas no mesmo mês de 2015. A receita foi de US$ 503,7 milhões em 2016 contra US$ 462,7 em 2015. No acumulado trimestre (jan/fev/mar), a movimentação cresceu 17% em toneladas (de 305.786 ton para 356.327 ton) e 2% em valores (de US$ 1,31 bi para US$ 1,34 bi)
“O grande responsável para o crescimento das exportações de carne bovina neste início de ano foi o mercado chinês que aumentou suas compras, no mesmo período, de 85.530 toneladas em 2105 para 122.254 toneladas em 2016, somando-se o produto que entra por Hong Kong e pela China Continental”, informa o Presidente Executivo da ABRAFRIGO, Péricles Salazar.
Segundo ele, embora a China a esteja com crescimento econômico menor, suas compras de carne bovina subiram 60% em 2015 ante 2014, devido principalmente a ascensão da classe média e novos hábitos de consumo. “O prognóstico é que as vendas continuem elevados e o Brasil supere as 200 mil toneladas de exportações para aquele país em 2016 tornando-se o maior fornecedor do produto ao mercado chinês”, acrescenta. Segundo ele, para aumentar ainda mais as vendas é necessário ampliar as habilitações de novos frigoríficos exportadores, uma vez que atualmente apenas 16 unidades movimentam estas exportações.
Normalmente o mês de março é um dos melhores do ano nas vendas externas de carne bovina. O Egito, nosso segundo maior cliente, subiu suas aquisições em 26%, o Irã em 32% e o Chile em 40%, compensando amplamente a queda de 6% nas importações da Venezuela e de 7% por parte da Rússia, outros grandes mercados para o Brasil. Ainda no trimestre, do total de importadores, 66 países aumentaram suas compras do Brasil e 61 reduziram, tendo como fato marcante o retorno da Arábia Saudita às compras do produto brasileiro.
Fonte: Agrolink
Fonte: Canal do Produtor