Brasília (04/04/2016) – O empresário e silvicultor Walter Rezende tomou posse, na quinta-feira (31/03), como presidente da Câmara Setorial de Florestas Plantadas do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Presidente da Comissão Nacional de Silvicultura e Agrossilvicultura da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Rezende é o primeiro produtor rural a ocupar o cargo. “Uma das principais ações frente à Câmara é buscar uma solução mais imediata para o setor, a fim de fomentar o mercado, criando um elo entre todos os segmentos da cadeia econômica, desde o produtor ate a indústria”, garantiu o produtor de madeira.
A posse ocorreu durante a 30ª Reunião Ordinária da Câmara Setorial, quando os membros participantes discutiram as principais demandas para o setor de florestas. Um dos assuntos destacados foram as ocorrências da praga gorgulho do eucalipto nas plantações dos estados de São Paulo e Paraná. O coordenador do Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais (IPEF), Carlos Frederico Wilken, explicou que desde 2013, esses estados sofrem infestações da praga, por conta das condições climáticas. “A área atacada já soma 10 mil hectares/ano. A ausência de geadas provocada pelas mudanças climáticas e o aumento da temperatura têm favorecido a proliferação da praga nas regiões Sul e Sudeste”, disse.
De acordo com Carlos Wilken, o primeiro registro do gorgulho no Brasil foi em 1955, no Rio Grande do Sul, o segundo em 1980 no Paraná e posteriormente em Santa Catarina, em 1982. Para ele, a praga foi trazida no transporte de madeira e algumas medidas devem ser tomadas para diminuir a incidência dela. “Hoje, o controle químico é possível, mas não há produtos registrados disponíveis no mercado e a certificação ambiental também é um entrave. A possível solução é fazer um controle biológico, utilizando um fungo que parasita o inseto e aos poucos o dissemina”, explica.
Outra pauta relevante discutida no encontro foi sobre incentivos para produção de biomassa com a finalidade de gerar energia. O consultor Aldo de Cresci afirmou que a atividade é de extrema importância para o país, por reduzir os gases poluentes emitidos na atmosfera e ser uma segurança energética. “A árvore plantada pode ser bastante competitiva nessa área, mas ainda enfrentamos alguns entraves para seu desenvolvimento, especialmente os altos custos de produção. Contudo, o potencial dos maciços florestais devem ser considerados como grandes lagos para reserva de energia”, finaliza Aldo de Cresci.
O presidente da Câmara, Walter Rezende, sugeriu a criação de um grupo de trabalho para aprofundar o debate e tomar as medidas necessárias para aumentar a produção de biomassa para a geração de energia no Brasil. O grupo será liderado por Aldo de Cresci e será formado por representantes da CNA, Associação Mineira de Silvicultura (AMS), Sociedade de Investigações Florestais (SIF), Associação Baiana de Empresas de Base Florestal (ABAF), Secretaria de Política Agrícola (SPA/Mapa), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e Associação dos Produtores de Mudas Florestais (ABPMF).
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Fonte: Canal do Produtor