A maior parte dos pecuaristas brasileiros acredita que o país deve diminuir progressivamente a vacinação contra afebre aftosa até 2020. A informação está em pesquisa feita pelo Conselho Nacional da Pecuária de Corte (CNPC), que será apresentada durante o encontro da Comissão Sulamericana de Luta contra a doença, entre os dias 7 e 8, em Punta del Este, Uruguai.
O trabalho será divulgado pelo vice-presidente do CNPC, Sebastião Guedes, que também preside o Grupo Interamericano para Erradicação da Febre Aftosa (Giefa). No levantamento, 90% do consultados apoiou a ideia de eliminar até 2020 a vacinação contra a doença, feita em duas etapas anuais no Brasil.
O argumento do CNPC é o de que 84% do rebanho brasileiro estão em localidades onde não há registros de aftosa por períodos que variam de 10 a 22 anos. O status de livre da doença sem vacinação facilitaria o acesso a mercados importantes para a carne bovina brasileira.
- Os pecuaristas poderão expandir as receitas com seus rebanhos e fazer com que se tornem mais competitivos no mercado mundial de carne bovina, no chamado ‘segmento ou circuito não-aftósico – diz a nota divulgada pelo CNPC.
De acordo com o Conselho, esse mercado é avaliado em U$ 12 bilhões. A pecuária bovina fica de fora, informa a entidade, devido à “insegurança dos países importadores” – como Japão, Coréia do Sul, Singapura, México, Estados Unidos e Canadá entre outros.
Fonte: Revista Globo Rural