A AgRural estima que a colheita da soja no Brasil atingiu nesta semana 76% da área cultivada, impulsionada pelo tempo firme em boa parte das regioesa produtoras. Fernando Muraro, sócio-diretor da consultoria, observa que o avanço nesta semana foi de nove pontos percentuais e o ritmo dos trabalhos está em linha com os 77% do ano passado e à frente dos 73% da média de cinco anos.
Segundo a empresa, no Centro-Sul o tempo mais seco tem favorecido o fim da colheita sem chegar a prejudicar as áreas mais tardias,
- Já que o solo tem umidade para a soja que ainda está se desenvolvendo – afirmou.
Na região do Matopiba, confluência dos polos agrícolas do Maranhão,m Tocantins, Piauí e Bahia,
-A falta de chuva segue reduzindo a produtividade – disse.
A AgRural estima que no Rio Grande do Sul a colheita atingiu 30% da área, mas mesmo com evolução semanal de 20 pontos, os gaúchos ainda estão longe dos 52% do ano passado.
- O atraso foi provocado pelo plantio lento, devido ao excesso de chuva – explica Muraro, acrescentando que em Santa Catarina os trabalhos também avançaram bem nesta semana, “mas apenas 46% de sua área colhida, contra 75% há um ano.
O levantamento mostra que em Minas Gerais as chuvas esparsas registradas durante a semana não atrapalharam a colheita, que chegou a 76%, ante 56% há um ano. “Em Uberlândia, áreas tardias estão rendendo 50 sacas, mas a expectativa é de que a média da safra fique entre 53 e 55 sacas”, diz Muraro.
Em Mato Grosso, maior produtor nacional, a semana de tempo firme ajudou os produtores que ainda estão com as máquinas em campo e elevou a área colhida a 96%. Segundo Muraro, na região de Rondonópolis, no sul, áreas mais tardias ficaram com o rendimento abaixo do esperado, devido ao baixo peso do grão. Em Campo Novo do Parecis, no oeste, a média da soja “do tarde” ficou em 45 sacas, contra 55 sacas da precoce.
A AgRural estima que em Mato Grosso do Sul 99% da área foi colhida. Em Goiás, 92% foi colhido, contra 86% há um ano. No Paraná, 94% da área está colhida, contra 90% há um ano. Os trabalhos já foram finalizados no oeste e no norte. Em Guarapuava, no centro-sul, os produtores voltaram a colher na última segunda (28), mas a preocupação com as perdas por doenças em áreas tardias é grande, devido ao excesso de umidade. Em Ponta Grossa, nos Campos Gerais, a produtividade está variando de 50 a 58 sacas.
Fonte: Revista Globo Rural