As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam do lado vermelho da tabela nesta manhã de quinta-feira (31) e estendem as perdas da sessão anterior em cerca de 20 pontos nos principais vencimentos. Esta já é a terceira sessão consecutiva que os preços recuam no terminal externo.
Por volta das 09h17, o contrato maio/16 anotava 126,80 cents/lb e o julho/16 tinha 128,85 cents/lb, ambos com baixa de 20 pontos. Já o vencimento setembro/16 registrava 130,50 cents/lb também com baixa de 20 pontos e o dezembro/16 tinha 132,20 cents/lb com recuo de 15 pontos.
Na sessão anterior, o mercado demostrou fraqueza técnica ao não conseguir romper o patamar de US$ 1,30 por libra-peso e fechou com queda de 40 pontos. As cotações nesta manhã de quinta-feira também acompanham o financeiro e outros mercados, como o petróleo, que opera em baixa, cotado a US$ 38 o barril.
Veja como fechou o mercado na quarta-feira:
Café: Bolsa de Nova York demonstra fraqueza ao se aproximar de US$ 1,30/lb e volta a cair nesta 4ª feira
As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) registraram intensa volatilidade nesta quarta-feira (30) – chegando a operar dos dois lados da tabela –. No entanto, no fim dos trabalhos, o campo negativo prevaleceu e os principais vencimentos registraram uma queda de cerca de 40 pontos. Sem muitas novidades fundamentais, os investidores repercutem indicadores técnicos e informações do financeiro.
Os lotes com vencimento para maio/16 encerraram a sessão de hoje cotados 127,00 cents/lb com queda de 45 pontos, o julho/16 teve 129,05 cents/lb com baixa de 40 pontos. Já o contrato setembro/16 teve 130,70 cents/lb e desvalorização de 45 pontos, enquanto o dezembro/16 anotou 132,35 cents/lb com recuo de 40 pontos.
Durante boa parte do dia, a queda do dólar em relação ao real deu suporte ao mercado, pois acaba dando maior competitividade às exportações da commodity pelo Brasil. A moeda norte-americana fechou o dia cotada a R$ 3,6209 na venda com baixa de 0,47%, repercutindo a atuação do Banco Central no câmbio e as menores expectativas de aumentos de juros nos Estados Unidos. "O dólar mais fraco está fornecendo suporte para as softs", disse o analista de commodities sênior do Rabobank, Tracey Allen para a Reuters.
Além disso, o petróleo voltou a subir em Nova York nesta quarta-feira, o que também acaba alavancando as commodities agrícolas, de um modo geral. O ativo chegou a ter alta de pouco mais de 1%, cotado a US$ 38 o barril.
De acordo com o analista de mercado do Escritório Carvalhaes, Eduardo Carvalhaes, a queda do café arábica no fim da sessão demonstra que as cotações apresentam dificuldade para manter o patamar de US$ 1,30/lb. "Os estoques no Brasil estão diminuindo. No entanto, o mercado continua repercutindo que deveremos ter uma grande colheita nesta safra", afirma.
Na sessão de ontem, os futuros do arábica na ICE fecharam com baixa de pouco mais de 100 pontos acompanhando o financeiro. "As bolsas consolidam o atual espaço de trabalho. Não vejo margem para rompimento desses suportes, nem sobressalto nas resistências. O intervalo de 125,00 e 130,00 cents/lb deve ser consolidado", afirmou na terça-feira o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães.
Paralelamente, segundo agências internacionais de notícias, ainda há dúvidas entre os operadores em relação à oferta global de café nesta temporada devido aos reflexos do El Niño nas principais origens produtoras. "A oferta mundial está muito ajustada, frágil", disse o diretor geral da Coex, Ernesto Álvarez.
A Bloomberg reportou recentemente, com base em entrevista com analistas, que a demanda mundial poderá superar a produção em 4 milhões de sacas de 60 kg nesta temporada. No atual ano agrícola, houve um déficit de 4,8 milhões de sacas, segundo um operador da Coex Coffee Group, com sede em Miami. Os estoques do Brasil serão os menores em 15 anos até 30 de junho, de acordo com o exportador local, Tristão Trading Co.
Mercado interno
Os negócios nas praças de comercialização do Brasil continuam lentos. Mesmo com a proximidade da colheita da nova safra, acontecem apenas transações isoladas com os preços aquém das expectativas dos vendedores. "Os produtores de café arábica, diante do atual mercado, preferem se distanciar do mercado e aguardar um pouco. Como o produto é cotado em dólar, diante do atual cenário político e econômico do Brasil o cafeicultor se faz resistente", explica Eduardo Carvalhaes.
O tipo cereja descascado teve maior valor de negociação hoje em Guaxupé (MG) com R$ 547,00 a saca e queda de 0,91%. A maior oscilação no dia ocorreu em Poços de Caldas (MG) com R$ 539,00 a saca e alta de 1,82%.
O tipo 4/5 também teve maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com R$ 551,00 a saca e baixa de 0,90%. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Varginha (MG) com recuo de 0,96% e saca a R$ 515,00.
O tipo 6 duro teve maior valor de negociação nas cidades de Araguari (MG) e Varginha (MG) com R$ 510,00 a saca, preço estável na primeira e queda de 0,97% na segunda. A maior oscilação no dia ocorreu na AIBA (Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia), no Oeste da Bahia com alta de 1,05% e saca cotada a R$ 480,00.
Na terça-feira (29), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 490,53 com queda de 0,45%.
Bolsa de Londres
Os futuras do café robusta na Bolsa de Londres (ICE Futures Europe), antiga Liffe, fecharam em alta nesta quarta-feira ainda repercutindo as incertezas em relação à colheita dos principais países produtores. O contrato maio/16 registrou US$ 1504,00 por tonelada com alta de US$ 8, o julho/16 teve US$ 1534,00 por tonelada e avanço de US$ 8, enquanto o setembro/16 anotou US$ 1555,00 por tonelada e valorização de US$ 5.
Na terça-feira (29), o Indicador CEPEA/ESALQ do café conillon tipo 6, peneira 13 acima, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 372,10 com alta de 0,37%.
Fonte: Notícias Agrícolas
Fonte: Canal do Produtor