Mesmo com preços atrativos, produtores estão cautelosos em relação ao trigo. O clima, os elevados custos de produção, o seguro de custeio, o valor do preço mínimo e a concorrência com o milho safrinha são alguns fatores que fazem os produtores pensarem duas vezes antes de apostar na cultura, cuja à semeadura começou na última semana no Paraná, estado responsável por 60% da produção nacional.
Números oficiais ainda não foram divulgados, mas estimativas do mercado e do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) indicam uma possível redução na área de plantio em relação ao ano passado, quando foram semeados 2,4 milhões de hectares, 1,3 milhão somente no estado.
A consequência direta do cenário será o aumento da importação do produto. O país consome atualmente 11 milhões de toneladas de trigo, mas produz menos da metade. Em 2015, foram 5,5 milhões de toneladas, o restante veio de fora. Com o dólar cotado acima dos R$ 3,70, o custo de importação será alto, impactando diretamente nos preços de pães e massas.
Fonte: Gazeta do Povo