No ano de 2015, foram abatidos 4,681 milhões de cabeças de gado em Mato Grosso, uma queda de 15% em relação a 2014, quando esse número foi de 5,521 milhões. Além disso, mais de 12% da produção mato-grossense foi vendida para ser abatida e industrializada em outros estados – foram 589 mil cabeças de gado em pé. A questão foi debatida durante coletiva da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Frigoríficos, nesta terça-feira, 15 de março, que contou com a presença de deputados estaduais de Rondônia.
Na avaliação do deputado estadual Ondanir Bortolini “Nininho” (PSD), que preside a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Frigoríficos, esses números refletem o monopólio do setor em Mato Grosso, já que o preço da arroba do boi está mais baixo e torna menos atrativo para os criadores comercializar o boi dentro do estado.
- Antes a arroba do boi aqui custava entre 8 e 10% menos que em São Paulo. Hoje custa 15 a 20% menos. É um desequilíbrio. Está inviabilizando a recria e a engorda do boi. O boi podia estar sendo abatido aqui gerando emprego e renda. 589 mil cabeças de gado em pé foram vendidas para outros estados o ano passado, enquanto podíamos agregar valor em nosso estado e industrializar a carne aqui – disse Nininho.
Além do baixo preço pago pelas empresas do setor frigorífico, Nininho critica o fechamento de plantas frigoríficas em Mato Grosso, o que deixou milhares de pessoas desempregadas e aumentou o tempo de esperar para abatimento do gado.
- Se há fila de 20 a 30 dias para abater, é sinal que há sobra de boi no estado – concluiu o parlamentar.
Fonte: Olhar Direto