Embora tenha aumentado quase 4% em relação a janeiro do ano passado, a produção brasileira de pintos de corte do primeiro mês de 2016 apresentou ligeiro recuo em relação ao mês anterior, também com 31 dias.
Isso quer dizer que o volume produzido passou de 572,4 milhões de cabeças em dezembro/15 para 560,4 milhões de cabeças em janeiro/16 – 12 milhões de pintos de corte a menos que, parece estar claro, fizeram bem ao setor, pois, desde que começaram a chegar ao mercado [já como frangos], seu preço se mantém acima do alcançado nos 30 dias anteriores.
Por sinal, em condições normais o volume de pintos do bimestre dezembro-janeiro estaria aquém das necessidades do consumo interno, pois, frente a um aumento de 4,5% no volume produzido, as exportações (que absorvem de 30% a 35% da produção total) aumentaram mais de 10%. Ou seja: a disponibilidade interna mal responde ao aumento vegetativo da população.
O problema é que as condições são duplamente anormais, ou seja, afetam negativamente o setor tanto sob o aspecto da produção como do consumo. De um lado, elevando astronomicamente o custo; de outro, impossibilitando que esse custo seja (ainda que parcialmente) repassado.
Frente a tal barreira, cria-se um rombo financeiro no setor que, sem condições de manter o ritmo produtivo, tende à desaceleração. Com isso, a expansão acumulada no espaço de 12 meses – há oito meses ligeiramente superior a 4% – deve refluir nos próximos meses.
Fonte: Avisite
Fonte: Canal do Produtor