Em plena safra de soja, agricultores paranaenses estão encontrando dificuldades para colher o grão por causa do clima. O grande volume de chuvas dos últimos tempos já comprometeu a safra. Por isso, o produtor tem pressa para tentar diminuir os prejuízos. "Como estamos na preocupação de tempo chuvoso, das perdas que tivemos, se dá tempo coloco as máquinas para trabalhar. A gente vê até grãos podres, que não têm serventia alguma", lamenta Odair Trevisan.
A realidade de Odair é a mesma de muitos agricultores, principalmente da região norte do estado. "O que acontece é que com muita água na hora de colher, os grãos começam a brotar na própria planta, que abre as vagens e o grão cai no chão. E os grãos também podem mofar", explica a agrônoma Lílian Schauff.
Diante desta situação, o Departamento de Economia Rural (Deral) reconsiderou a expectativa da produção para 2016. Em janeiro, a estimativa da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab) era colher 18 milhões de toneladas de soja. Agora, o índice caiu para 17,57 milhões. Ainda assim, fala-se em uma safra recorde. No Paraná, os agricultores colheram até agora 65% da área prevista, que é de 5,26 milhões de hectares.
Na região oeste, os produtores começaram a colher em janeiro. Os produtores de Cascavel e de Toledo estão terminando de colher o que plantaram e apresentam variação na produtividade do grão. Em fevereiro, foi a vez dos produtores do norte. Em Londrina e em Maringá, a colheita atrasou, e o excesso de umidade tem provocado grandes perdas nas lavouras. Já na região sul do estado, ainda tem muita soja para se colher. Agora, é torcer para o clima colaborar.
Fonte: G1
Fonte: Canal do Produtor