Parte importante de uma das tradições gaúchas mais marcantes, o chimarrão, a fabricação de cuias tem como principal matéria-prima o porongo. Mas aqueles porongos que não possuem as características necessárias para se transformar nesse importante utensílio da cultura do Rio Grande do Sul, não precisam ser simplesmente descartados e podem virar peças de artesanato, tanto decorativas quanto utilitárias. São sugestões de uso como essas que estão expostas junto à parcela das Florestas Comerciais, no Espaço da Emater/RS-Ascar, na 17ª Expodireto.
De acordo com a extensionista Rejane Tochetto, a intenção é oferecer mais uma alternativa de renda às famílias de produtores rurais, assim como trata-se de uma atividade prazerosa, capaz de melhorar a autoestima das mulheres do campo e ainda aproveitar a produção de porongos que de outra forma seriam jogados fora.
- Temos aqui expostas algumas peças, como porta-erva, suporte para folhagens ou flores, ninhos de passarinhos, além de objetos decorativos – comenta Rejane.
- Repassamos informações desde a limpeza dos porongos, como são feitos os cortes, dependendo do tipo de peça que se pretende criar, demonstramos alguns dos métodos possíveis de serem aplicados no artesanato com porongos, como decoupage e com uso de biscuit. Na verdade, há muitas técnicas que podem ser empregadas, depende da criatividade do artesão – salienta Rejane.
No local também é feita a divulgação do e-book “Recomendações básicas para o cultivo do porongueiro e a produção de artesanato em porongo”, lançado recentemente pela Emater/RS-Ascar e que pode ser acessado através do site da Instituição (www.emater.tche.br). A Expodireto 2016 segue até amanhã (11/03), no Parque da Cotrijal, em Não-Me-Toque.
Fonte: Emater-RS
